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Jornal SBC 105 | Abril 2011 6

INFORMES AMB

Medicamentos e o controle da obesidade

Não faz sentido introduzir ou retirar medicamentos no mercado nacional sem ouvir os médicos que clinicam nas especialidades que os prescrevem. São eles os que têm contato direto com os usuários, conhecem as suas necessidades, as limitações e a efetividade das diferentes alternativas terapêuticas, além de entender com clareza o lugar e as reais implicações das intervenções médicas.

O país acompanhou com grande interesse a discussão travada em torno da tentativa de retirada dos medicamentos voltados para o controle da obesidade do mercado nacional.

A proposta partiu da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Baseou-se na decisão de Agências estrangeiras e em pareceres técnicos internos, sem que fosse considerada a posição dos especialistas da área.

O processo desenvolveu-se em reunião em que foram apresentados os pontos de vista da Agência, tendo sido concedido aos médicos espaço para expressão nos debates. Convidada para deles participar, a AMB fez-se, naturalmente, representar pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Na ocasião foi assinalado que o parecer da Anvisa discordava da diretriz para tratamento farmacológico da obesidade adrede elaborada pela AMB/SBEM. Ficou evidente o desconforto criado pela omissão dos apresentadores, desconsiderando a opinião dos especialistas da área.

Temos por óbvio que educação alimentar e atividade física regular são fundamentais no tratamento da obesidade. Nem sempre, todavia, tais medidas são sufcientes para solução desse relevante problema. Em muitos casos, é preciso acrescentar medicamentos e até mesmo cirurgia. A AMB e a SBEM analisaram todas as evidências disponíveis na literatura médica sobre tratamento da obesidade e elaboraram diretrizes que servem para nortear a prática Incluem-se avaliação das indicaç efetividade e eventos adversos d para esse fm. Esse material es www.projetodiretrizes.org.br.

No Brasil, milhares de p benefciam-se desses medicame pacientes que têmde ser consider em uma discussão de caráter nac O cuidado com as indicaçõ fscalização impedindo a dispe sem prescrição e a repressão ilícito são algumas das opções a banimento indiscriminado desse

A AMB e a SBEM esperam que ser tratada com a devida atenç tratamento e que sejam os médic haja o mesmo olhar para os que os que zelam pela saúde das garantem a segurança dos medic

CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA

Grade do Congresso é preparada em conjunto com “Board” Científco

Pelo segundo ano consecutivo, o “Board” Científco Departamental participa ativamente da montagem da grade do Congresso da SBC, em uma inovação. Segundo o diretor-científco Angelo Amato Vincenzo de Paola, “a iniciativa leva a entidade a funcionar de maneira muito mais coesa, discutindo-se a escolha dos temas com a representação de todas as áreas, para que a qualidade e o impacto da divulgação da informação científca sejam analisados pela massa crítica dos departamentos, e mais bem aproveitados pelos congressistas”.

O diretor lembra que o Congresso anual é uma forma importante de união e, por isso, sua Diretoria passou a trabalhar de forma articulada com os Departamentos Científcos, em uma interação que levou a um trabalho multidisciplinar.

“Nessa discussão aberta e abrangente, o Departamento de Hipertensão opina nos temas do Departamento de Arritmias e vice-versa, com o arejamento construtivo das opiniões dos especialistas de outras subáreas”, diz ele. O debate é feito de tal forma, que a opção por um tema ou o convite para um conferencista internacional deixa de ser decorrência da opinião pessoal do diretor do Departamento ou de sua equipe, mas passa a ser algo como “um projeto de Estado, levando em conta a

validade e o benefício para a Cardiologia como um todo”.

O resultado, continua De Paola, há de ser um Congresso muito mais objetivo, com temas que foram previamente discutidos, analisados e escolhidos por interessarem a todos, e como subproduto, deixa de haver áreas estanques.

Um dos objetivos do novo sistema de discussão é incentivar a produção científca da Cardiologia e melhorar a formação do especialista, tanto que a Comissão Executiva dos Congressos (Cecon) faz questão de que a discussão sobre a grade seja a mais ampla possível. O programa tem participação dos Estados, das Regionais, para que o evento maior da Cardiologia atenda efetivamente a demanda real dos especialistas que exercem seu ofício nas mais diferentes condições de um país tão diversifcado como o Brasil.

Europeus no 66º CBC

O Programa “My ESC in Brazil” representa uma nova iniciativa da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em que um grupo de europeus, com colegas

José Luiz Gomes do Amaral

Presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)

Ricardo M. R. Meirelles

Presidente da Sociedade Brasileira de

Endocrinologia e Metabologia

brasileiros, irá discutir alguns temas de grande relevância na área cardiovascular. Durante um dia serão apresentados os Highlights do Congresso Europeu de Cardiologia, atualmente o maior evento mundial na área cardiovascular, bem como algumas das diretrizes mais recentes e casos clínicos ilustrativos. “Esperamos com essa atividade conjunta consolidar o excelente relacionamento existente entre a Sociedade Europeia e a Sociedade Brasileira de Cardiologia, fortalecendo ainda mais os laços que nos unem”, diz o vice-presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia, o português Fausto Pinto.

Acesse o site do congresso: http://congresso.cardiol.br/66/

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