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Jornal SBC 109 | Agosto 2011 8

DIRETORIA

CFM e SBC acertam estágios para

médicos de países lusófonos

A Sociedade Brasileira de Cardiologia já está preparando o protocolo para que médicos de Portugal e países lusófonos, como Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, bem comomédicos de países da América do Sul possam fazer estágios em Cardiologia nos hospitais brasileiros.

O acordo que torna essa importante medida possível foi acertado em reunião de que participaram, de um lado, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto D´Ávila, e de outro, por parte da SBC, o presidente Jorge Ilha Guimarães e o presidente futuro, Jadelson Pinheiro de Andrade.

“O presidente do CFM considerou a iniciativa da SBC da mais alta importância”, explica Jorge Ilha, pois com ela a entidade aumenta sua responsabilidade internacional, permitindo que médicos de países que, por vezes, tenham poucos recursos e não contem com instituições especializadas em Cardiologia tenham a oportunidade de completar sua capacitação em hospitais brasileiros internacionalmente reconhecidos pela excelência dos serviços que prestam.

Os estágios serão oferecidos com a duração de ummês, de três meses e de um ano, e para que se iniciassem, era necessário o aval do CFM e que o protocolo siga o regulamento do Conselho, defnindo parâmetros de acompanhamento, matérias e carga horária para os estagiários. Para o presidente futuro, Jadelson Andrade, a iniciativa é mais uma forma de a SBC assumir sua função social, pois permitirá que a Cardiologia de ponta existente no Brasil seja ummultiplicador da capacitação de médicos de outros países.

Na mesma reunião em que se tratou da questão dos estágios, foi discutida a proposta da SBC sobre o relacionamento entre os laboratórios farmacêuticos e o CFM. Como se recorda, quando começou a se discutir o que seria um relacionamento ético entre indústria e profssionais, houve posições divergentes,

Consenso entre indústria e CFM

defendidas até mesmo de forma acirrada, e a Diretoria da SBC ofereceu-se para atuar de modo a mediar o difícil assunto.

Em decorrência, encontraram-se na SBC de São Paulo os representantes da Interfarma, que congrega os 34 laboratórios que investem em pesquisa, e, depois de cinco reuniões, às quais compareceram os presidentes de vários dos mais importantes laboratórios, chegou-se a um consenso. “Foi um trabalho exaustivo”, considera Jorge Ilha, mas garante que valeu a pena, “pois em vez de sermos atropelados pelos problemas que certamente ocorreriam, foram defnidas as normas que vão nortear a relação”.

Com a intermediação da SBC, foi defnido em que condições os laboratórios podem convidar médicos

para congressos, para patrocinar profssionais, realizar simpósios-satélite, regras para visitação médica e política de brindes. Essas normas foram corporifcadas pela SBC em um documento que defne as boas práticas no relacionamento entre a indústria farmacêutica e a classe médica, explica Jorge Ilha, e encaminhadas como subsídio ao CFM, a quem cabe a redação do documento ofcial.

A expectativa é de que, ainda este ano, o documento seja assinado pelo CFM e pela Interfarma, levando a uma total transparência na relação entre as partes, que interessa não só aos médicos, mas também à população, que terá certeza dos parâmetros éticos que defnem a relação.

(Da esq.) O Presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D´Ávila, e Jorge Ilha Guimarães

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