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Jornal SBC 111 | Outubro 2011 17

Próximo congresso de cardiologia de países lusófonos está sendo

organizado para 2013

O cardiologista português Carlos Aguiar e o futuro presidente da Diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular/Funcor, Carlos Alberto Machado, foram incumbidos de organizar o próximo Simpósio Luso-Brasileiro de Cardiologia, a realizar-se em 2013, e que reunirá especialistas e também estudantes de Medicina de todas as regiões de língua portuguesa ao redor do mundo.

A notícia foi dada pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Mário Lopes, logo após a longa reunião que a delegação portuguesa manteve com o presidente da SBC, Jorge Ilha Guimarães, e com o presidente eleito, Jadelson Andrade, durante o 66º Congresso Brasileiro de Cardiologia.

Mário Lopes explica que há muitos anos há uma colaboração constante entre as sociedades portuguesa e brasileira que, por serem as dos países mais desenvolvidos da lusofonia no que tange à Cardiologia, assumiram a responsabilidade de colaborar e ajudar os países que ainda enfrentam problemas maiores no campo da saúde, principalmente os africanos. “Notamos que Angola, Moçambique, Cabo Verde, entre outros,

CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA

lutamhoje comasmesmas doenças que Brasil e Portugal enfrentavam na década de 1950”, diz “e sabemos que no futuro próximo vivenciarão os mesmos problemas que temos hoje, com riscos cardíacos decorrentes da hipertensão e da obesidade, por exemplo”.

Essa similaridade faz que haja ainda maior interesse no compartilhamento das informações, que começou após Brasil e Portugal fundarem a entidade lusófona da especialidade e promoverem as jornadas de Cabo Verde e, em seguida, de Maputo. Agora, porém, essa colaboração crescerá mais ainda, aproveitando as imensas possibilidades da internet para promover uma educação continuada de alto nível.

Tanto Jadelson Andrade como Mário Lopes destacam que, ao contrário do que ocorria há alguns anos, a internet tornou acessível emuitobaratas as transmissões internacionais. Assim, os dois países líderes da lusofonia vão aproveitar das novas possibilidades da comunicação on-line para abastecerem áreas distantes onde os cardiologistas são de língua portuguesa para oferecer capacitação, informação e dar acesso a resultados das mais recentes pesquisas mundiais.