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mas sim em um comportamento alimentar mais adequado, que possibilite a adesão a uma alimentação prazerosa como novo estilo de vida
alimentar.
Jornal SBC 111 | Outubro 2011 21
MUFA, PUFA, SFA: qual a
verdade dos fatos?
É fato que estamos diante de um processo de transição demográfca e epidemiológica, caracterizado pelo aumento de diversos Fatores de Risco (FR) cardiovascular associados ao nosso padrão de consumo alimentar. Por décadas, tivemos o conceito de que gorduras na dieta precisam ser diminuídas, e que sua contribuição no Valor Calórico Total da dieta (VCT) exige cuidado. Com certeza, não questionamos o fato de que gorduras podem aumentar o processo infamatório subclínico que leva a aterosclerose; entretanto, não podemos simplesmente fechar o conceito de que todas as gorduras na dieta são prejudiciais.
Gorduras monoinsaturadas são reconhecidas como benéfcas ao controle de colesterol total e LDL-c, bem como pela menor redução de HDL-c, e devem estar presentes em nossa dieta até 20% do VCT. Por outro lado, os novos paradigmas das gorduras poli-insaturadas e saturadas necessitam ser estudados e conhecidos. Nenhuma gordura é absolutamente única, ou seja, um determinado alimento não apresenta apenas um tipo de gordura, e sim um mix de ácidos graxos insaturados e saturados, aos quais apresentam diferentes respostas sobre o perfl lipídico e outros FR cardiovasculares. Outro aspecto importante é compreender o papel dos carboidratos processados e refnados como sendo uma das consequências da transição nutricional de caráter deletério, proveniente do conceito único de que gorduras como um todo deveriam ser reduzidas.
Mediante esse contexto, os percentuais referentes aos ácidos graxos poli-insaturados são sugeridos entre 6% e 10% do VCT da dieta, como uma forma mais saudável para controle do processo
SELO
Monoinsaturadas Poli-insaturadas (Omega 6 e Omega 3) Saturadas
Omega 6 (ácido linoleico)
Omega 3 (óleos vegetais)
Docosaexaenoico e Eicosapentanoico
Óleo de oliva Óleo de milho Soja Peixes Óleo de coco Óleo de canola Óleo de girassol Canola * Manteiga Azeitona * Linhaça * Óleos vegetais
hidrogenados *
infamatório e como um possível substituto aos elevados percentuais de carboidratos. Para gorduras saturadas, o ideal é não ultrapassar de 7% a 10% do VCT, dependendo da presença ou não de comorbidades. Por muitos anos, fcamos voltados aos benefícios do n-3, o que realmente é visto como evidência em importantes estudos; porém, os ácidos graxos n-6 devem ser foco de nossa atenção. No que se refere ao equilíbrio de gorduras na dieta, a proporção adequada entre esses ácidos graxos essenciais (n-6/n-3) deve ser entre 7:1, o que garante uma relação saudável e preventiva ao processo infamatório e à prevenção da DCV. No que diz respeito à parte prática, alguns alimentos são importantes fontes dessas gorduras na dieta, tais como podemos verifcar na tabela abaixo.
Finalizando, nosso objetivo é trabalhar cientifcamente tais conceitos, e desfazer certos mitos que cresceram de forma vultosa na população em geral. Nosso foco não deve estar centrado em apenas um nutriente, mas sim em um comportamento alimentar mais adequado, que possibilite a adesão a uma alimentação prazerosa como novo estilo de vida alimentar.
“MUFA, PUFA, SFA: qual a verdade dos fatos?”: a esta pergunta podemos responder que a verdade dos fatos está cada vez mais baseada no comprometimento científco e na interface entre os diferentes profssionais de saúde, em prol da promoção de um estilo de vida mais saudável.
Roberta Cassani
Nutricionista membro do Comitê do Selo de Aprovação SBC
Imagem meramente ilustrativa
Sobre o Selo de Aprovação SBC
Os produtos que possuem o Selo de Aprovação SBC são avaliados por um comitê constituído por médicos e nutricionistas e são isentos de gordura trans e colesterol, além de atender aos critérios de gordura total e saturada, sódio, fbras e açúcar. O selo da Sociedade Brasileira de Cardiologia é a garantia da compra de produtos diferenciados desde a sua concepção e que auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares.
Saiba mais sobre o selo da SBC, acesse o site: www.cardiol.br/selo
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