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Jornal SBC 119 | Junho 2012
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SBC NA MÍDIA
Presidente da SBC concede entrevista sobre
“ACCF/BSCCardiovascular Symposium inBrazil”
Opresidente da SBC, JadelsonAndrade, foi entrevistado
em várias emissoras de rádio para falar sobre a
vinda de Valentin Fuster ao Brasil e o conceituado
Cardiovascular Symposium. Na rádio Jovem Pan a
conversa com o jornalista José Luiz Menegatti durou
cerca de 20 minutos. A seguir, os principais trechos
da entrevista; e no
link
http://socios.cardiol.br/
noticias/2012/20120518-entrevista-jovem-pan.asp é
possível ouvir a íntegra.
Rádio Jovem Pan:
Essa é a primeira vez que o evento é
realizado fora dos Estados Unidos? Qual a importância
para a Cardiologia brasileira?
Jadelson Andrade:
É a primeira vez em 40 anos
de existência que o evento sai de Nova York, onde é
realizado anualmente pela Associação Americana de
Cardiologia, atraindo até quatro mil médicos de todo
o mundo. Nós conseguimos trazê-lo para o Brasil
graças a uma série de situações, depois de quase três
anos de tratativas com o coordenador do simpósio,
professor Valentin Fuster, um dos maiores nomes
da cardiologia mundial. Isso de deve à credibilidade
científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia no
contexto internacional e ao respeito que o Brasil vem
conquistando em diversas áreas.
Rádio Jovem Pan:
O foco das discussões é a cardiologia
do futuro?
Jadelson Andrade:
Pensar no futuro, sem esquecer
o que é feito atualmente. A atenção no futuro está na
tecnologia, nas perspectivas de novidades na terapêutica
cardiovascular, que vão desde a terapia genética para o
tratamento das doenças do coração, passando por novas
gerações de stent, métodos de diagnóstico diferenciados
e novas drogas. É um perfil do que está sendo preparado
nos centros de pesquisa para entrar no mercado.
Rádio Jovem Pan:
Os debates ocorrem no Brasil em um
momento importante, comexpectativadevida crescendo
no país, com uma epidemia de mortes causadas por
problemas cardíacos...
Jadelson Andrade:
As doenças cardiovasculares são
responsáveis por 30% das mortes no Brasil. Esse simpósio
traz para os cardiologistas brasileiros instrumentos para
o enfrentamento dessa realidade. Os palestrantes são
todos pesquisadores e diretores de importantes centros
nos Estados Unidos e trazem ao simpósio, em primeira
mão, os resultados dos estudos de ponta em Harvard, no
Hospital Mount Sinai, na Duke University. Cientistas dos
mais avançados centros de saúde dos Estados Unidos
mostrando pesquisas pioneiras para serem discutidas de
uma forma muito clara. A ideia é mostrar o conteúdo de
tal maneira, que tudo que foi apresentado seja, no curto
prazo, utilizado pelos cardiologistas brasileiros.
Rádio Jovem Pan:
Qual o principal destaque dessas
pesquisas? O que mais preocupa os médicos em relação
às doenças do coração?
Jadelson Andrade:
O infarto agudo do miocárdio é
o que ainda mais preocupa. Nos já identificamos as
causas, fatores de risco como obesidade, hipertensão,
tabagismo,
colesterol
elevado,
sedentarismo,
diabetes. A grande preocupação é fazer a população
se afastar desses riscos. Mas quando a doença se
apresenta, outro fator impressiona: um porcentual
significativo de pessoas tem infarto causado por
pequenas placas, difíceis de identificar, mas que
ao se romperem causam a obstruções das artérias.
Os métodos que usamos hoje não são capazes de
identificar essas placas. Recentemente, porém,
surgiu um novo procedimento, a angiotomografia do
coração, que permite a identificação dessas placas de
gordura. O desafio agora é saber quais dessas placas
que obstruem o interior das artérias estão propensas
a se romper. Outro fator é a terapêutica genética,
identificar pessoas que tenham propensão a doenças
no coração e quais serão os possíveis tratamentos
genéticos.
Rádio Jovem Pan:
É um evento de interesse não só
para o cardiologista, não é?
Jadelson Andrade:
São diversos assuntos em pauta,
como o risco do envelhecimento da população,
as interações com doenças como o Alzheimer, os
desafios da saúde cardiovascular para as crianças. Há
também o novo conceito da polipílula, a possibilidade
de unir em um único medicamento vários remédios.
Ela está sendo desenvolvida de forma intensa em
países como Canadá, Estados Unidos e Israel. A SBC
participa das pesquisas aqui no Brasil e a ideia é que
seja realidade em até dois anos no país.
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