Jornal SBC 143 | Junho 2014 - page 17

Jornal SBC 143 · Junho · 2014
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com CPM normal (21,2% vs 4,4%, p < 0,001). O processamento da CPM com novos algoritmos de
reconstrução possibilita resultados prognósticos semelhantes às técnicas mais tradicionais, apesar de
doses menores e aquisição mais rápida.
Referência:
Prognostic value of myocardium perfusion imaging with a new reconstruction algorithm
Lima, Ronaldo et AL. J Nucl Cardiol 2014;21:149–57.
Ronaldo S. L. Lima
SBC/DERC/GECN
PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR
O controle dos fatores de risco coronariano é uma difícil tarefa, apesar do conhecimento, da tecnologia
e de avanços na terapêutica. Ainda assim, alguns indicadores são animadores. Dados recentemente
publicados pelo Ministério da Saúde do Registro chamado Vigilância de Fatores de Risco e Proteção
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgaram algumas informações neste
contexto. A taxa de fumantes caiu em relação a 2006, pois 28% da população abandonaram o
tabagismo nesse período. Outro dado interessante é que a taxa de excesso de peso estabilizou e
diminuiu nas pessoas de maior escolaridade. O consumo de hortaliças e frutas por cinco vezes por
semana aumentou de 19,7%, em 2006, para 23,3%, em 2013. Associado a isso, a atividade física no
período de lazer teve um aumento de 11% em cinco anos (30,3% para 33,8%). As diretrizes mundiais
e as brasileiras citam as formas adequadas de conduzir a prevenção cardiovascular. Nesse sentido, as
Sociedades Científicas se empenham na elaboração desses documentos, na atualização e divulgação
ampla aos interessados e aos responsáveis pelo atendimento da população. Porém, muito importante
é que os médicos e equipe multiprofissional se interessem pela leitura e prática das diretrizes e pela
atualização do assunto, para o benefício efetivo do seu paciente.
Referências:
1 . Yusuf S, Hawken S, Ounpuu S, Dans T, Avezum A, Lanas F, McQueen M, Budaj
A, Pais P, Varigos J, Lisheng L; INTERHEART Study Investigators. Effect of potentially modifiable risk
factors associated with myocardial infarction in 52 countries (the INTERHEART study): case-control
study. Lancet. 2004;364(9438):937-52
2. Velásquez-Meléndez G1, Mendes LL, Padez CM. Built environment and social environment:
associations with overweight and obesity in a sample of Brazilian adults. Cad Saude Publica.
2013;29(10):1988-96.
3. Muraro AP, dos Santos DF, Rodrigues PR, Braga JU. Factors associated with self-reported systemic
arterial hypertension according to VIGITEL in 26 Brazilian capitals and the Federal District in 2008.
Cien Saude Colet. 2013;18(5):1387-98.
Dalton Bertolim Précoma
DCC/GEPREV
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Análise do estudo Coorte de Homens Suecos demonstrou relação entre o consumo de embutidos e
frios (salsichas, linguiças, presunto, entre outros) eleva a incidência e a mortalidade por insuficiência
cardíaca em 8% e 38%, respectivamente para cada incremento de 50g no consumo destes alimentos.
A relação entre estes eventos e o consumo de carne vermelha também foi positiva, mas menos intensa.
Os investigadores ponderaram que este efeito negativo poderia resultar da presença de sódio, aditivos
alimentares, ou ainda de algum subproduto do próprio processo de preparação dos alimentos. Esta
análise foi realizada em 37035 homens, com idade entre 45 e 79 anos, sem história prévia de DAC
ou de insuficiência cardíaca quando foram recrutados e que foram seguidos por 11,8 anos. Vale
ressaltar que nestes indivíduos o consumo dos alimentos testados era considerado moderado quando
do início da avaliação. Além disso, o impacto negativo destes alimentos é concorde com os resultados
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