Jornal SBC 164 | Março 2016 - page 26

Histórias da Cardiologia
por Reinaldo Hadlich
O atual presidente da Socesp, IbraimMasciarelli Pinto, tem
vasta experiência em uma área em constante mudança.
Graduado pela Unifesp e com residência no Instituto
Dante Pazzanese, atuou no ambulatório de pacientes
submetidos a intervenção percutânea, no serviço do
Prof. Eduardo Sousa e da Profa. Amanda Sousa. Ibraim
atendeu o pedido da coluna e encaminhou o relato que
segue de suas experiências.
“No serviço ficou clara a necessidade de medir
objetivamente os diâmetros das artérias coronárias,
o que me levou até a Universidade de Michigan e ao
Thoraxcenter em Rotterdã, locais onde cumpri fellowship e
aprendi técnicas de angiografia coronariana quantitativa e
de pós-processamento de imagem, que introduzi no Brasil
em 1989. Mais tarde, ainda pelo interesse em exames
invasivos, pude inteirar-me do ultrassom intracoronariano
que pude introduzir no nosso meio em 1994.
Antes disso um serviço no qual trabalhava adquiriu
ressonância magnética equipada para a realização
de exames cardiológicos. Percebendo o potencial da
técnica, a instituição (Hospital do Coração) permitiu-me,
juntamente com o Dr. Sérgio Cunha Pontes Jr, desenvolver
a técnica e fomos pioneiros na realização desse exame
no país. Iniciamos a utilização clínica, no Brasil, em
novembro de 1990. Nossa primeira participação em
eventos, mostrando a experiência, foi no XLVII Congresso
da SBC, em São Paulo, 1991, e posteriormente tivemos
a chance de participar de congressos de sociedades
americanas e europeias. Nosso serviço também foi um
dos primeiros a utilizar diferentes avanços tecnológicos da
ressonância e acumulamos grande experiência em casos
de emergência, em especial dissecções de aorta.
Por volta de 1999, a tomografia computadorizada passou
a ser discutida com grande interesse na Cardiologia pela
possibilidade de se realizar a avaliação não invasiva das
artérias coronarianas. Pudemos realizar, em abril de
2000, a primeira tomografia das artérias coronarianas na
América Latina, num equipamento de quatro fileiras de
detectores, no qual foram feitos mais de 4.500 exames.
Uma vez mais pudemos apresentar nossos resultados em
diferentes eventos nacionais e internacionais. Da mesma
forma, nossa instituição foi a primeira a contar com os
tomógrafos de 16 fileiras de detectores e na realização
de exames de tomografia também para a avaliação de
cardiopatia estrutural não coronariana.”
A experiência e os estudos realizados por
Ibraim Masciarelli Pinto
As técnicas
de imagem
cardiovascular
Reinaldo Hadlich é Prof. do Instituto de Pós Graduação Médica do Rio de Janeiro.
Presidente do Centro de Estudos do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de
Castro Vice Presidente do Departamento de Clinica Cardiológica da Socerj
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