Jornal SBC 183 | Outubro 2017

São Petersburgo, uma viagem ao passado dos czares Viagens do Coração “É daqueles lugares que quando chega o dia de ir embora a gente tem a certeza que em breve vai dar vontade de voltar”, define Eduardo Nagib Gaui São Petersburgo, na Rússia, é uma linda cidade situada às margens do rio Neva e cortada por canais que justificam ser apelidada de Veneza do norte. Sua gloriosa história pode ser facilmente percebida quando nos deparamos com o Pa- lácio de Inverno, hoje o museu mais visitado do mundo, o Hermitage, que conta com uma coleção de arte soberba. As igrejas – em especial a Catedral de Santo Isaac, a Cate- dral de Kazam e a belíssima Igreja da Ressurreição – são visitas obrigatórias. A via principal e mais movimentada da cidade é a Nevsky Prospekt, onde se localiza, entre outras coisas, a Casa Sin- ger, um belíssimo prédio, que abriga uma das maiores livra- rias do mundo e de cujo café se tem uma visão privilegiada da Catedral de Kazan. Nos arredores de São Petersburgo encontra-se ainda o Palácio de Verão, o Peterhof, construído por Pedro o Grande, com belíssimos jardins em estilo francês, e que vale a pena a viagem. No mais, um povo acolhedor, bons cafés e restaurantes, como o clássico Tzar. São Petersburgo é daqueles lugares que, quando chega o dia de ir embora, a gente tem a cer- teza que, em breve, vai dar vontade de voltar. É fascinante, mas lembre: vá somente no verão. São Petersburgo (Petrogrado de 1914 a 1924 e Lenin- grado de 1924 a 1991) foi construída em 1703 pelo czar Pedro I, o Grande, para ser a capital de um vasto império governado pela dinastia Romanov por mais de 200 anos, até a revolução de 1917, que teve como consequência a execução do último dos Romanov, Nicolau II, sua esposa e filhos pelos bolcheviques em 1918. A cidade passou por uma das situações mais dramáticas da Segunda Guerra Mundial, que foi um cerco de 900 dias pelas tropas nazistas que provocaram a morte de cerca de 1 milhão de civis, muitas destas causadas por fome e frio. A vitória contra o nazismo, e a reconstrução da cidade e de seus monumentos são motivos de orgulho para sua população, que faz questão de recordá-los. Uma história de sofrimento e superação Eduardo Nagib Gaui e a esposa Fatima Gaui, com a Igreja da Ressurreição ao fundo Peterhof, o Palácio de Verão 21

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