Jornal SBC 189 | Abril 2018

Desde a primeira publicação sobre lipoproteína(a) [Lp(a)] em 1963, mui- to tem se estudado sobre o assunto, mas ainda existem lacunas significa- tivas no conhecimento dessa partícu- la pró-aterogênica, como, por exem- plo a definição de seu metabolismo; qual o padrão correto das medidas de Lp(a) nos exames laboratoriais; quais as terapias que afetam os níveis de Lp(a); e se seu tratamento preveniria eventos cardiovasculares etc. Sabe-se que a Lp(a) é similiar à LDL com uma apolipoproteína adicional denominada [apo(a)] e que, parado- xalmente, suas concentrações não são reduzidas pelo tratamento com estatinas. Também já se tem co- nhecimento de que as elevações de Lp(a) no sangue têm causas gené- ticas. Existem mais de 40 isoformas de Lp(a) e suas menores partículas são as grandes vilãs, que entram na Dia a Dia do Cardiologista corrente sanguínea e são pró-infla- matórias, pró-trombóticas e ricas em colesterol - cerca de 30 a 45% de sua composição. Seu aumento também está diretamente ligado à calcificação Lipoproteína(a): o que sabemos e o que ainda é preciso esclarecer? e à estenose da válvula aórtica, após os 60 anos. Segundo Raul Santos, um dos auto- res do último artigo sobre o assunto Raul Santos é um dos autores do artigo no JACC sobre lipoproteína(a). A SBC deverá debater o tema nos próximos encontros científicos 10

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