Jornal SBC 193 | agosto 2018

Dia a Dia do Cardiologista Sociedade de Medicina Nuclear é contrária à suspensão do IPEN para produzir radiofármacos A SBC apoia a iniciativa. Mais da metade dos diagnósticos realizados no SUS com radiofármacos são para as doenças cardiovasculares A Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) encaminhou ofício que foi prontamente atendi- do pelo presidente da SBC, Oscar Dutra, solicitan- do apoio da sociedade à suspensão do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) para produzir radiofármacos. No documento, a SBMN explica que os radiofárma- cos são fabricados em poucos centros, sendo que a maioria é produzida pelo próprio governo brasileiro por meio dos Institutos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). O principal fornecedor estatal era o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/ CNEN-SP), único produtor no país de diversos radio- fármacos. O IPEN foi impedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (Anvisa/Covisa) de produzir e comercializar di- versas dessas substâncias, fundamentais para o aten- dimento de pacientes com doenças graves. “Temos segurança de que esta é uma atitude inopor- tuna, inadequada na forma e mal planejada, que trará prejuízos imediatos a inúmeros pacientes portadores de câncer, cardiopatias e doenças neurológicas gra- ves, sem a contrapartida de benefícios mensuráveis”, ressalta o ofício da SBMN endereçado à SBC.  Juliano Cerci, presidente da SBMN A Medicina Nuclear é a especialidade médica que usa isótopos radioativos (radiofármacos) para diagnósticos e tratamentos. Atualmente, a área atende a mais de 1,5 milhão de pacientes por ano no Brasil, em gran- de parte no sistema público de saúde. Mais da metade dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) têm Foto: Divulgação 14

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