Jornal SBC 193 | agosto 2018

SBC na mídia Mortes por doenças não transmissíveis aumentam 26% em 10 anos O Estado de São Paulo publicou uma reportagem reproduzi- da em vários outros jornais pelo país sobre um levantamen- to que constatou que “em 10 anos, o número de brasileiros mortos pelas principais doenças não transmissíveis (câncer, diabete, doenças cardiovasculares e problemas crônicos res- piratórios) aumentou 26%, passando de 542 mil, em 2006, para 685 mil, em 2016 (último dado disponível). O índice é superior ao crescimento populacional no período, que ficou em torno de 9%, de acordo com dados do IBGE”, constatou a publicação. O entrevistado da SBC foi Carlos Alberto Macha- do, que explicou: “o aumento está ligado a uma combinação de piora no estilo de vida, envelhecimento populacional e redução do acesso aos serviços de saúde públicos e priva- dos”. Ele completou: “um dos aspectos é que o estilo de vida das pessoas está ruim. Temos uma epidemia de obesidade no Brasil e no mundo, e a qualidade da alimentação é péssi- ma, com o aumento do consumo de comida industrializada. A maioria da população vive nos grandes centros urbanos e, até em função da violência, está se fechando em casa e fazendo menos atividade física”. Segundo Machado, nos Revista Crescer publica reportagem sobre estudo e ouve diretor da SBC A Crescer da editora Globo publicou reportagem sobre um es- tudo que pode afetar a saúde cardíaca das mulheres. Segun- do o trabalho das Universidades de Cambridge e da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, feito com mais de 8 mil mulhe- res com idades entre 45 e 64 anos, gravidez, parto e cuidar de muitos filhos sobrecarrega o coração das mães. O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular, Fernando Costa, foi entrevistado e explicou que este risco, provavelmente, está relacionado à vida moderna. Antigamente, as mulheres ti- nham mais filhos, mas uma rotina menos estressante. “Hoje, há problemas relacionados à socialização e à criminalidade, financeiros e educacionais. A cada filho, ela passa a ter o do- bro de preocupações e a carga cardiovascular tem um limite”, explicou Fernando Costa. últimos anos, houve aumento da dependência da população do Sistema Único de Saúde (SUS), ao mesmo tempo em que o sistema foi gradualmente desarticulado. 26

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