Jornal SBC 197 | dezembro 2018

O presidente eleito da SBC, Marcelo Queiroga, debateu, durante mais de 1 hora, o tema “Como ampliar o acesso dos brasileiros às políticas públicas de saúde?” com o pro- fessor de economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), Gesner de Oliveira. Queiroga participou de um webinar pro- movido pela empresa de consultoria de negócios e serviços GO Associados, que é transmitido por mídias sociais. Gesner de Oliveira, além de professor FGV em São Pau- lo, é Ph.D. em Economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley, nos Estados Unidos, mestre em Economia pela Universidade Estadual de Campinas e bacharel pela Uni- versidade de São Paulo. Gesner foi presidente da Sabesp (2007/10), presidente do CADE (1996/00), secretário de Acompanhamento Econômico (1995) e secretário adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fa- zenda (1993/95). Atualmente, é sócio da GO Associados. Marcelo Queiroga falou da importância do Estado brasi- leiro ser mais eficiente na gestão. Lembrou que a realiza- ção integral do orçamento público da saúde é essencial e que deve-se ter um maior desenvolvimento do complexo industrial da saúde, além de tratar da importância da cria- ção da Agência Nacional de Avaliação de Tecnologias em Saúde e, por fim, da necessidade de investir na carreira de Estado para os profissionais do setor. Queiroga em entrevista Gesner de Oliveira Marcelo Queiroga participou de webinar sobre políticas públicas de saúde O presidente eleito da SBC foi entrevistado pelo professor de economia da FGV, Gesner de Oliveira O presidente eleito da SBC ainda destacou do projeto de lei que está em tramitação no Senado Federal e de autoria do parlamentar Cássio Cunha Lima. O projeto de lei trata da avaliação de novas tecnologias em saúde com base em análises econômicas e critérios científicos bastante ri- gorosos e mais transparentes para decidir, com base em custo-efetividade, o que é compatível com a capacidade orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS). Para Marcelo Queiroga, a transparência nos processos de escolhas das melhores tecnologias deve dar mais tranqui- lidade à população e gerar menor judicialização da saúde no país, que hoje se transformou em um enorme proble- ma para o gestor. O presidente eleito da SBC argumentou sobre a impor- tância de criar mecanismos para estimular a indústria na- cional de produtos para a saúde, não com protecionismo, mas com investimentos na pesquisa. “O Brasil precisa fornecer para o seu próprio mercado, que irá crescer com o envelhecimento da população e ainda terá capacidade para exportar não só para a América Latina, mas para países da Europa e Ásia. Temos que ter uma postura de nacionalidade”, completou. A entrevista completa está disponível no link: https://www. youtube.com/watch?v=UiWRGqKV-XY&feature=youtu.be Diretoria 6

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