Jornal SBC 187 | Fevereiro 2018

Como são muitos templos, sempre existem as festas populares em algum deles. Nestas festas, as mulheres carregam enormes quantidades de flores na cabeça. Às vezes, são frutas ou outras oferendas, em uma passea- ta interessante de se acompanhar. E somos bem-vindos a participar. As danças balinesas são diferentes, parecendo, por vezes, com as danças tailandesas. As mulheres usam vestimentas riquíssimas e dançam principalmente com as mãos e olhos. Verdade, mãos e olhos. É encantador e impressionante. Porém a expressão cultural maior está em Ubud, no centro da ilha. Lá fica o famosíssimo artesanato balinês, apreciado no mundo todo. Visitar estes locais é uma ex- periência enriquecedora. Ver a paciência com que aque- les artesanatos são feitos é um ensinamento de vida para nós, neuróticos das cidades grandes. Em todo lugar, precisamos pechinchar, aliás como em toda a Ásia. Em uma ocasião, em Ubud, negociei um lin- do artesanato por longo tempo e acabei por pagar U$22. Fiquei mal de consciência, achando que tinha explorado o pobre artesão. Quando estava indo embora, vi, em uma loja do aero- porto, algo muito parecido e fui sa- ber o preço, para saber o quanto eu explorara o artesão. Pratica- mente o mesmo objeto custa- va, no aeroporto, U$20... E eu tinha ficado uns 3 dias mal da consciência! Vá para Bali por sua cultura. *Por Jorge Ilha, cardiologista e ex-presidente da SBC 21

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