Jornal SBC 186 | Janeiro 2018
Com a queda dos juros, os fundos de investimentos passam a ser boas opções para fazer seu dinheiro render Captação Líquida por Classes de Fundos (R$ bilhões) Com a queda dos juros no Brasil, este é um bom momento para aumentar sua renda e pensar em investir. Depois da poupança, as aplicações em renda fixa são as mais popula- res entre os brasileiros, detendo 31% dos recursos aplicados pelos investidores. Existem investimentos em renda fixa em títulos públicos e em títulos privados. Os títulos públicos são, basicamente, o Tesouro Direto, do governo federal. Já os títulos privados são aqueles emitidos por bancos, financei- ras ou empresas como, por exemplo, a poupança, CDB, LC, LCI, LCA, etc. Você pode investir diretamente em renda fixa, ou por meio- dos fundos de investimentos, que são um tipo de aplicação financeira que capta recursos de diversos investidores. Quando você aplica seu dinheiro neles, não está comprando diretamente qualquer ativo (ações ou títulos de renda fixa), mas sim uma “parte” daquele grupo de investimentos, tor- nando-se um cotista. Para quem não domina o mercado fi- nanceiro, os fundos são as melhores opções, pois permitem diversificar de forma mais eficiente as aplicações. Os fundos de investimentos são classificados em quatro ca- tegorias de ativos: renda fixa, ações, multimercados e fundos cambiais. Até outubro, os ativos de multimercados ganha- ram destaque entre as categorias, com avanço de 87% e captação de 87,7 bilhões, perdendo apenas da classe de renda fixa, cuja captação foi de 92,2 bilhões. Outro destaque é a Small Caps, que tem em carteira ações de empresas com baixa capitalização no mercado e apresentou ganho acumulado de 39%. Já o tipo Ações Livres, registrou retorno médio de 25,7%. “Os clientes deste segmento buscam maior sofisticação da gestão. Acrescenta-se a este perfil o cenário atual de que- da de juros, que tem estimulado uma busca mais acentuada pela diversificação dos investimentos. Isso se refletiu no au- mento da importância dos fundos multimercados e de ações no primeiro semestre”, afirma o diretor da Associação Brasi- leira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - ANBIMA, Richard Ziliotto. Os aproximadamente R$ 4 trilhões abocanhados pela in- dústria de fundos equivalem a 66,3% do PIB do país. A im- portância deste segmento também pode ser percebida pelo número de contas: cerca de 13 milhões! Tal montante é re- sultado da captação líquida de R$ 242,5 bilhões entre janeiro e outubro deste ano, que é 173% superior ao registrado no mesmo período de 2016, um recorde para o período. Para o presidente do Comitê de Varejo, José Rocha, “o amadureci- mento da indústria de fundos, aliado à queda nos juros, au- menta o apetite dos investidores ao risco e à diversificação, principalmente no varejo de alta renda”. Os R$ 4 trilhões abocanhados pela indústria de fundos equivalem a 66,3% do PIB do país Seu Bolso 2016 2017 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 -20,0 41,8 92,2 87,7 14,0 32,1 35,9 13,0 24,1 6,8 -2,7 -1,5 -0,8 -0,2 1.5 -0,2 -4,9 FIDC Renda Fixa Multimercados Previdência FIP Ações Cambial ETF 13
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