Jornal SBC 186 | Janeiro 2018

Diretoria Jornada intensa, mas com satisfação profissional e nível de estresse adequado Pesquisa revela o perfil do cardiologista brasileiro O excesso de trabalho tão reconhecido entre os médicos foi revelado em números na pesquisa Perfil do Cardiologista Brasileiro . Apenas 17% se dedicam a uma única atividade, 34% atuam em dois locais de trabalho, 27% em três e 22% em quatro ou mais. Em 19% das respostas, o número de horas de trabalho semanal passa das 60, em 45% fica entre 40 e 60 horas. Porém, quando questionados se o nível de estresse com o trabalho era adequado, 75% responderam que sim e apenas 25% disseram não. A pesquisa mostra ainda o nível de remuneração declarado pelos pesquisados. O consultório privado foi a resposta da maioria como o prin- cipal local de trabalho (1.605 casos), seguido por hospitais privados (1.121), hospitais públicos (978), empresas (323) e postos de saúde (255). A gratificação pelo reconhecimento dos pacientes foi apontada como o principal motivo de satis- fação em 1.657 respostas, seguida pelo reconhecimento de forma genérica (712) e, em terceiro lugar, foi a remuneração (708). “Com o material, agora temos informações concretas e ar- gumentos para a defesa profissional, além de conhecer um pouco mais sobre o universo de nossos colegas”, explica o ex-diretor de Pesquisa da SBC (gestão 2016/17), Leandro Zimerman. Ele coordenou o trabalho com a colaboração de Osni Moreira Filho, e do ex-presidente da SBC, Marcus Bo- lívar Malachias. Em um questionário anexo, foram também pesquisados os anseios dos sócios da SBC em relação a benefícios a serem ofertados pela entidade. Tais respostas objetivam orientar as ações do SBC Clube, rede de benefí- cios criada na gestão anterior. Uma outra pesquisa, sobre a saúde cardiovascular e fatores de risco do cardiologista, está em fase de consolidação dos dados sob a coordenação de Weimar Sebba Barroso e Celso Amodeo. O Perfil do Cardiologista Brasileiro foi respondido por e-mail ou pelo portal da SBC por 2.101 sócios, sendo 72% homens e 28% mulheres, 33% na faixa etária dos 30-39 anos, 27% entre 40 e 49 anos e 30% de 50 a 59 anos. Entre os pesqui- sados, 77% eram casados, 8% separados, 14% solteiros e 1% viúvo. O trabalho contempla ainda dados sobre o uso da tecnologia, previdência privada, aposentadoria e espirituali- dade. A pesquisa completa será publicada em breve, mas os dados iniciais mais relevantes podem ser acessados no link: http://socios.cardiol.br/2014/perfil-do-cardiologista-brasileiro. asp 6

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