Jornal SBC 186 | Janeiro 2018

A implantação em apenas 12 meses colocou o Estado entre os mais atuantes do Nordeste Angioplastia primária comemora 1 ano na rede pública de Alagoas Com duas décadas de atraso em relação à maioria das unidades da Federação, Alagoas passou a disponibilizar a angioplastia primária para usuários infartados do Siste- ma Único de Saúde (SUS). O programa de diagnóstico e tratamento de infarto agudo do miocárdio foi muito bem estruturado e implementado no Hospital Geral do Estado (HGE), o que explica a realização de incríveis 364 angio- plastias primárias em apenas 12 meses de atuação. Para que se tenha uma ideia mais precisa do que estes números representam, basta observarmos os dados do DataSUS para o período compreendido entre 2010 e 2014, durante o qual apenas seis angioplastias primárias foram realizadas no Estado em um universo de aproxima- damente 3 mil infartados, não obstante o credenciamento da rede SUS em importantes centros hospitalares da capi- tal. A análise apontou ainda mortalidade de 19% em 2014 e que, em determinados períodos, chegou a atingir 26% no interior do Estado. A linha de cuidados no infarto, iniciativa do Governo do Estado em parceria com a Sociedade Beneficente do Co- ração de Alagoas, também implantou o Programa Latin - Latin American Infarct Network , que atendeu cerca de 13 mil alagoanos com dor torácica neste primeiro ano. A mor- talidade hospitalar dos infartados atendidos nesta rede foi de apenas 5,24%, evidenciando notável possibilidade de redução expressiva do óbito por infarto naquele Estado. Segundo o hemodinamicista chefe do Serviço do HGE e coordenador estadual do programa, Ricardo César Ca- valcanti, há muito o que melhorar e avançar, apesar da grande positividade demonstrada nos números impres- sionantes já alcançados. Ele enfatiza a necessidade de “expandir a rede de telemedicina e de otimizar o sistema de transporte do paciente infartado, desde o local de seu primeiro atendimento até a unidade de intervenção”. Além disso, lembra, que “é necessário garantirmos a medica- ção trombolítica nas localidades mais afastadas da capital alagoana”. A SBC se alia a este esforço para salvar vidas e reduzir a incapacitação para o trabalho nestes indivíduos atendi- dos, e congratula a equipe médica e as autoridades envol- vidas com a efetivação desta iniciativa. Dia a Dia do Cardiologista 8

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