Jornal SBC 191 | Junho 2018

Carta de repúdio contra o fimdo Farmácia Popular repercute na mídia Revista Doc publica reportagem sobre nova gestão na SBC O Fluminense cita dados do Cardiômetro em reportagem Quarta-feira,4/4/2018 Cidades 5 ofluminense.com.br Cuidar da alimentação e praticar exercícios é a melhor forma de prevenir doenças de origem vascular ou arterial Coração deve ser bem tratado PamellaSouza pamella.souza@ofluminense.com.br Somentenesteano,de janeiro atéodia27demarço,maisde 82,1 mil pessoas morreram por doenças cardiovasculares noBrasil.Pordia,sãocercade 900óbitos.As estimativas são doCardiômetro,daSociedade BrasileiradeCardiologia(SBC). Tecnicamente, o número de mortesdehomensemulheres porAcidenteVascularCerebral (AVC)estáempatado, sendoo placarde50.251paraelescon- tra50.252paraelas.Noentan- to,pelaprimeira vez,o índice feminino vem aumentando emmaiorproporçãodoqueo doshomens,quedemonstram tendênciadequeda. DeacordocomaSBC,ana- lisandoosdadosdemortespor AVCde2010a2015,oshomens têmseguidoumatendênciade quedanonúmerodecasos,ao contráriodasmulheres, cujas ocorrênciaspassaramdecerca de49milparapoucomaisde 50,2milnoperíodo. Segundo ocardiologistaFernandoCosta, essamudançaéconsequência da vida cada vezmais corrida que asmulheres levam, acu- mulando funçõesdomésticas, mercadode trabalho, estresse eoutrosfatoresdeterminantes. “Seagenteanalisarasduas curvas de mortalidade por AVCentrehomensemulheres, a curva do homem é decres- cente e adamulher é ascen- dente.Aquantidadedeóbitos em2015épraticamente igual, o grande problema é que a mulher temsedescuidadoda saúde,nãopor contadapró- priamulher,masdasobriga- ções.Umajornadadetrabalho de umamulher que trabalha foraédobrada.Apressãoque ela sofre com apontualidade deserviços,oestresse,faltato- taldeexercícios,alimentação irregular com excesso de sal, associadoaoálcool e cigarro, acabam trazendo para ela a condiçãopraumAVC”, justi- ficaocardiologista. Além damudança de há- bitos, comouma alimentação maisbalanceadaecommenos sal,éprecisomudar,segundoo especialista, o tipode atendi- mento prestado àsmulheres, jáqueelasvivememcondições diferentesdasdosexooposto. “O tratamento damulher não pode ser igual ao do ho- mem,nosentidogeral.Mulhe- resprecisamdeuma atenção maior e de carinho, e de um tempomaiorparaentenderas necessidades dela.Os ambu- latórios têm que terumpou- quinhomaisdeatençãonesse sentido, com consultas que perguntem sobre a vida dela. Esses altos índices sãomuito frutodasociedadenãoacolhe- doradasmulheres”, aponta o cardiologistaFernandoCosta. Cuidados essenciais -Uma pesquisadaUniversidadede Oxfordapontaqueoconsu- mo diário de frutas frescas pode reduzir, em até 40%, os riscos de desenvolver umadoençacardiovascular. Praticar exercícios físicos também é fundamental, de acordocomamédicaValdê- niaPereiradeSouza,coorde- nadora do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói) Car- diovascular. “Prevenção é tudo! A ati- vidade física regular de in- tensidademoderadadeve ser perseguida, com a tradicional recomendação de durar não menos que 30min/dia em 5 diasnasemana.Deacordocom aOMS,1emcada3habitantes nãopraticaatividade físicane- nhumae isso levaaoaumento dopesoeoutrasconsequências paraoutrosórgãos, comopor exemplo os ossos”, alerta a médicaValdênia. De acordo com a especia- lista,alémdoAVC,asdoenças isquêmicasdo coração, como o infarto agudodomiocárdio -quepode levar à insuficiên- cia cardíaca -, e as doenças vascularesperiféricas, como a obstruçãoarterial,sãoasdoen- çasdo sistema cardiovascular consideradasmais graves.O infarto,insuficiênciacardíacae oAVCrepresentamumagrande parceladasinternações,óbitos esequelasnospacientes. Fatoreshereditáriosaliados ao estilode vidaqueapessoa leva podem contribuir para algum problema no sistema cardiovascular. Além disso, conforme a população vai envelhecendo, os casos vão sofrendoumaumento. “Com o envelhecimen- to da população, ocorre um somatório de doenças que a sociedade terá que se pre- parar. Felizmente, algumas iniciativassãosucesso,como, por exemplo, a distribuição gratuitademedicamentosan- ti-hipertensivos,queacredito que acarretarámais controle da pressão, repercutindo em menos AVC ou insuficiência renal”,prevêValdênia. n Pesquisas no campo do sis- tema cardiovascular já com- provaramquea imunização, principalmentecontraagri- pe,evitade formasignificati- vaproblemasdocoraçãoem idosos.Issoaconteceporque, de acordo com o presidente 1º a 7 de abril Dornopeitopodeserumsinaldealertadealgumadoençacardíaca.Homensainda lideramasestatísticas,masosproblemasaumentarammuitoentreasmulheres DouglasMacedo Segundo especialistas,os casos de infarto podem aumentarematé30%du- ranteo inverno.Estima-se internações epodendo levar atéaóbito.Asvacinascontra quadros infecciosos respira- tórioscomoovírus Influenza (anualmente) e a bactéria Pneumococos (a cada cinco anos)devem ser feitasperio- dicamentenestespacientes”, ValdêniaPereira CoordenadoradoCHNCardiovascular Ocorrência de infartos sobe no inverno Vacinas reduzem riscos Principais doenças cardiovasculares Infartoagudo domiocárdio Fatoreshereditários aliadosaoestilode A revista Doc publicou na edição de junho uma reportagem sobre os projetos e ações da gestão da SBC (biênio 2018/19). A publicação destacou a relevância do fortalecimento do as- sociativismo citado no discurso do presidente Oscar Dutra ao assumir no final do ano passado. O documento de repúdio da SBC e das Sociedades Brasilei- ras de Hipertensão (SBH) e Nefrologia (SBN), encaminhado aos poderes executivo e legislativo, repercutiu em inúmeros veículos de comunicação pelo país. O portal Saúde Brasil destacou que os “cardiologistas se mobilizam pela manuten- ção do Farmácia Popular”. Já o site da Associação Médica Brasileira (AMB) publicou uma mensagem de apoio do diretor científico, Antonio Carlos Chagas. O Medicina e Saúde lem- brou da coordenação dos trabalhos de Carlos Alberto Macha- do e o histórico de luta da SBC sobre o assunto. Por fim, o Jornal do Brasil on-line ressaltou que as mortes por doenças cardiovasculares passaram de 100 mil. 23

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