Jornal SBC 195 | outubro 2018

Dados do Ministério da Saúde revelam que, depois de anos de queda, o número de mortes por doenças car- diovasculares, câncer, diabetes e doenças respirató- rias crônicas voltou a crescer no país. Em 2016, foram 421 mortes a cada 100 mil habitantes. No ano anterior, foram 418,9 mortes para cada 100 mil habitantes. Des- de 2000, quando foram registradas 498,3 mortes por 100 mil habitantes, este índice caíra progressivamente. Uma das razões para o aumento é a falta de investimento em políticas públicas de prevenção por parte dos gover- nos. Nos últimos 2 anos, o consumo de frutas e verduras caiu de 25,2% para 23,2% entre os brasileiros. “A popu- lação aumentou muito de peso e, com isso, aumenta a doença metabólica. E acaba tendo mais diabetes, que é fator gravíssimo para a aterosclerose. Muitos começam a fazer exame de colesterol já velhos”, disse o diretor de Dia a Dia do Cardiologista Promoção de Saúde Cardiovascular, Fernando Costa, em entrevista sobre o assunto ao jornal Folha de S.Paulo. As mortes prematuras, aquelas que englobam a popu- lação entre 30 a 69 anos, foram as que mais cresce- ram. Em 2016, a taxa foi de 354,8 mortes a cada 100 mil habitantes. Já em 2015, foi de 350,7. Com estes números, o Brasil deixa de cumprir a principal meta do Plano Nacional de Enfrentamento de Doenças Crôni- cas, válido entre 2011 e 2022, que prevê redução de pelo menos 2% ao ano nas taxas de mortalidade entre pessoas de 30 a 69 anos. Os números do Ministério da Saúde também colocam em risco o compromisso firmado com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que prevê a redução em até 30% das mortes por doenças crônicas do país, até 2030. Alta no número de mortes por doenças crônicas no Brasil preocupa População entre 30 a 69 anos é a que apresenta a maior alta: 354,8 mortes a cada 100 mil habitantes 7

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