Jornal SBC 194 | setembro 2018
Dia a Dia do Cardiologista Uma pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), publicada em julho, apontou que o jejum intermitente (JI) reduz o peso, mas pode aumentar o risco de diabetes tipo 2. O experimento foi feito com ratos, que ficaram 24 horas sem comer e 24 horas com alimentação à vontade, pelo período de 3 meses. Foram observados aumento dos radicais livres e da secreção de insulina no pâncreas, diminuição da ilhota pancreática, redução periférica da resposta à insulina, grande aumento da dimensão do estômago, redução da massa magra, aumento da quan- tidade de gordura geral (inclusive a visceral), além de prejuízos no crescimento dos animais. A autora do estu- do e bióloga, Ana Cláudia Munhoz Bonassa, ressaltou, no entanto, que são necessários mais estudos randomi- zados e de longo prazo, principalmente em humanos, para conclusões mais precisas. O Jornal SBC entrevistou o presidente da SBC da gestão 2016/17, Marcus Vinicius Bolivar Malachias, que é um estudioso do tema. Ele traz um resumo do que dizem pesquisas em humanos e cita benefícios ao coração. Jejum intermitente: riscos ou benefícios? Experimento da USP, feito com ratos, mostrou aumento do risco de diabetes. Porém, estudos em humanos revelam queda de colesterol e da pressão arterial 19
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