Jornal SBC 205 | agosto 2019

Diferença salarial entre homens e mulheres. diologia clínica é a mais frequente (50,5%). Trabalham em apenas um local 17,3% do total, enquanto outros 49,3% responderam ter três ou mais locais de atuação. Somente 0,3% dos participantes disseram trabalhar em postos de saúde. “O consultório priva- do é apontado como principal local de trabalho por apenas 21,1% dos res- pondedores, e esse número é ainda menor quando se consideram apenas aqueles com menos de 50 anos. A re- dução da prática cardiológica privada pode estar ocorrendo em função do predomínio cada vez maior de aten- dimentos por planos de saúde, cuja menor remuneração parece coibir a montagem e a manutenção de consul- tórios próprios. Essa mudança de ce- nário na prática profissional também pode estar relacionada ao fato de que, entre os cardiologistas mais jovens, há maior preocupação em buscar fontes de renda mais imediatas, mas também de investir em planos de aposentado- ria complementar”, afirma o artigo. O uso da tecnologia faz parte da prática médica diária de 84,7% dos responde- dores, e 40,6% responderam que seus pacientes utilizam a tecnologia para se comunicar com eles diariamente e 21,7% semanalmente. Estresse, questões jurídicas e quali- dade de vida De cada 100 entrevistados, 64 consi- deram apresentar estresse em nível adequado; 24,3% não se conside- ram estressado e 11,3% apontaram estresse em grande proporção. As principais causas de estresse no tra- balho foram: más condições (36,7%), horas em excesso (23,5%), baixa re- muneração (15,7%) e pressão por resultados (10,9%). Com relação às questões judiciais en- volvendo a profissão, 13,9% disseram já ter sofrido processo médico e 0,3% informaram ter sido condenados. A maioria dos cardiologistas (79,5%) relatou dormir entre 6 e 7 horas por noite. Quanto ao número de horas se- manais dedicadas à família e ao lazer, 41,8% responderam menos de 10 ho- ras; 29,8% entre 11 e 20 horas; 17,9% entre 21 e 30 horas; e 10,4% 31 horas ou mais. Consideram-se cuidadosos com a própria saúde 52,6% dos res- pondentes, 7,9% se disseram muito cuidadosos; e 39,4% descuidados. O autor do estudo, Leandro Zimer- man, explica que a evolução da me- dicina, em especial da cardiologia, nas últimas décadas, tem promovido rápidas mudanças na vida pessoal e profissional dos médicos. “É impor- tante que pesquisas como esta sejam frequentes e com abordagens mais profundas sobre esses temas. Desta forma, ações podem ser planejadas por entidades e sociedades médicas a fim manter o interesse dos médicos na cardiologia”, finaliza. A pesquisa traz ainda dados sobre aposentadoria, hábitos pessoais e espiritualidade. Acesse a íntegra em: http://publicacoes.cardiol.br/portal/ abc/portugues/2019/v11301/o-per- fil-do-cardiologista-brasileiro-uma-a- mostra-de-socios-da-sociedade-bra- sileira-de-cardiologia.asp. Homens Mulheres 50% 40% 30% 20% 45% 35% 25% 15% 5% 0% 10% Renda Mensal 1,0% 3,5% 5,5% 20,3% 26,9% 44,9% 31,5% 23,3% 34,8% 7,9% < R$ 5.000 < US$ 1,578.83 R$ 5.000–10.000 US$ 1,578.83–3,157.66 R$ 11.000–20.000 US$ 3,473.43–6,315.32 R$ 21.000–30.000 US$ 6,631.10–9,473.00 ≥ R$ 31.000 ≥ US$ 9,788.75 21

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