Jornal SBC 209 | dezembro 2019

ONA chancela os cursos TECA da SBC Os Treinamentos em Emergências Cardiovasculares, desenvolvidos para a realidade nacional, têm o reconhecimento da Organização Nacional de Acreditação A Organização Nacional de Acredi- tação (ONA), entidade não governa- mental e sem fins lucrativos, fundada em 1999, que certifica a qualidade dos serviços de saúde no Brasil com foco na segurança do paciente, aca- ba de reconhecer e chancelar os cur- sos de Treinamentos em Emergên- cias Cardiovasculares (TECA) ‘A’ e ‘B’. Segundo a ONA, são os únicos inteiramente validados por especia- listas brasileiros, considerando as es- pecificidades do país. “A chancela da ONA confere ainda mais legitimação ao esforço da SBC na construção de um sistema de saúde eficiente com as necessidades do Bra- sil. Estamos muito contentes com mais esse reconhecimento, além de tantos outros já obtidos”, afirmou o coorde- nador do Comitê de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da SBC, Sérgio Timerman. A decisão foi comunicada em reunião realizada na sede da SBC, em São Paulo, em 9 de outubro, com a pre- sença do superintendente técnico da ONA, Péricles Góes da Cruz, e da ge- rente de educação da ONA, Gilvane Lolato. Pela SBC, estavam no encon- tro, a integrante do Comitê do TECA, Thatiane Facholi, a gerente comercial e de projetos sociais, Mara Carreira, e os analistas do Centro de Treinamento de Cursos da SBC, Elisangela Garcia e Vitor Zago. Além da teoria, os cursos de TECA têm uma parte prática: aulas que são minis- tradas com a utilização de manequins eletrônicos de tamanho natural que têm ‘pulso’ e podem ‘sofrer’ infarto e parada cardíaca. Assim, os alunos aprendem a diagnosticar o problema e fazer a mas- sagem ressuscitadora, à qual o mane- quim reage, ‘sobrevivendo’ ou evoluin- do para ‘óbito’, se o procedimento for mal aplicado. “Os profissionais saem do curso capacitados a diagnosticarem o que aconteceu com a pessoa que passou mal”, explicou Timerman. Os cursos de TECA foram desenvol- vidos em duas modalidades: o TECA A, de ‘Avançado’, para médicos e en- fermeiros, e o TECA B, de ‘Básico’, que pode ser realizado pelos demais profissionais da área de saúde. “Es- peramos que seja possível ter nos escritórios, restaurantes ou shopping centers pessoas treinadas a fazerem o atendimento inicial e a manterem a vida do paciente nos minutos cruciais até a equipe especializada chegar aos Diretoria locais”, lembrou o coordenador do Co- mitê de TECA. O número de vidas perdidas por pa- rada cardiorrespiratória é enorme, in- clusive nos hospitais brasileiros, ape- sar de poucos estudos a respeito no país que poderiam constatar um qua- dro ainda mais grave. Segundo dados da SBC, são 720 eventos por dia no Brasil, e a chegada num pronto-so- corro é uma verdadeira corrida entre a vida e a morte. “A cada minuto sem atendimento, uma pessoa com para- da cardíaca perde 10% das chances de sobreviver. Precisamos investir em treinamento profissional e da popu- lação. Assim como existem pessoas treinadas para uma situação de in- cêndio, elas também precisam saber como realizar as primeiras manobras até a chegada do atendimento espe- cializado”, defendeu Timerman. (Da esq.) Mara, Thatiane, Elisangela, Gilvane e Péricles, após reunião na sede da SBC Foto: Divulgação 6

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