Jornal SBC 199 | fevereiro 2019

Cirurgia cardíaca: novos horizontes Cirurgia Cardíaca por Domingo Braile Domingo Braile é Professor Emérito da Faculdade Estadual de Medicina de Rio Preto e Sênior da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Pró-Reitor de Pós- Graduação da Famerp, editor do Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery. A Insuficiência Cardíaca (IC) é a via comum de todas as cardiopatias, à exceção das congênitas, que restau- ram a normalidade do coração. Com o envelhecimento, a incidência da IC aumenta por lesões das válvulas car- díacas ou alterações do miocárdio. O transplante cardíaco é a terapêu- tica de escolha, com resultados con- sistentes. A técnica é limitada pela escassez de doadores, e a necessi- dade de medicamentos para evitar a rejeição. Há muito os pesquisadores tentam a substituição do coração por um ar- tefato mecânico. Louvável foram os esforços no Brasil realizados pelos professores Adib Jatene, Adolpho Leirner e Idágene Cestari. Mais recentemente surgiu o con- ceito de Dispositivos de Assis- tência Ventricular (VAD, do inglês Ventricular Assist Devices ) implan- tados entre o ventrículo esquerdo e a aorta. Os resultados têm sido surpreendentes. No ano passa- do, foram implantados 2.500 dis- positivos nos Estados Unidos e 2.000 na Europa. Pacientes vivem em suas residências com sobrevi- da de 83% e 75% em 1 e 3 anos, respectivamente. Uso do café e doença de Parkinson – Parte 3 Crônicas do Coração por Fernando Lianza Dias Crônicas do Coração r er a ia za ias Fernando Lianza Dias é especialista em Cardiologia pela SBC/AMB, médico Preceptor de Cardiologia, Chefe do Serviço de Risco Operatório do Hospital Universitário Lauro Wanderley da UFPB, Diretor Científico da Cardioclin e Coordenador do Núcleo de Prevenção das Doenças Cardiovasculares no Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal Da Paraíba (UFPB). A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, idiopática, lentamente progres- siva, com quatro manifestações clínicas básicas: rigidez muscular, tremor de repouso, bradicinesia (tríade clássi- ca) e instabilidade postural. Adicionalmente, podem ocorrer diversas manifestações motoras e não motoras, incluindo distúrbios cognitivos, sensoriais e autonômicos. A doença tem incidência de cem para cada 100 mil habitantes e predomina a partir dos 50 anos de idade, acometendo ambos os sexos. Tra- ta-se de uma doença comum aos idosos, acometendo cerca de 2% das pessoas acima de 65 anos. 23

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