Jornal SBC 204 | julho 2019

co Estados brasileiro: Goiás, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os resultados, recém-publicados na International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS) da SBC, mostraram que as diversas amostras de suco produzi- ram resultados cardiovasculares distintos, possuindo diferentes níveis de eficácia na indução do relaxa- mento vascular. Como esperado, a amostra de maior capacidade antioxidante também apresentou a maior concentração de polifenóis. Da mesma forma, a que obteve menor atividade antioxidante também possuía menor concentração dessa substância. A amostra do Rio de Janeiro foi a única que induziu o relaxamento vascular em nível semelhante ao do vinho tinto testado. Além disso, o efeito vasodilata- dor também apresentou intensidade variável de uma amostra para outra. O mecanismo de ação vasodila- tadora parece estar relacionado à liberação do NO endotelial. A principal constatação deste estudo é que os sucos de uva integrais comercializados no Brasil não possuem as mesmas propriedades funcionais. Suas capacidades antioxidantes, concentração de compostos fenólicos e atividade vasodilatadora são diferentes entre amostras testadas de diferentes regiões. “Essas descobertas ajudam a entender que as qualida- des funcionais do suco de uva podem variar muito em diferentes regiões do Brasil. Embora todas as amostras atendam aos critérios de elegibilidade, nem todas têm efeitos funcionais, como uma atividade antioxidante e vasodilatadora apreciável; algumas das quais provavel- mente são incapazes de fornecer proteção contra doen- ças cardiovasculares”, concluiu o coordenador do La- boratório de Farmacologia Cardiovascular da Faculdade de Farmácia da UFG, Matheus Lavorenti. Acesse a pesquisa completa em: http://www.scielo.br / s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _ a r t t e x t &p i d =S2 3 5 9 - 56472019005001103 21

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