Jornal SBC 200 | março 2019

cer nossa contribuição e conheci- mento técnico”. Além disso, a SBC pleiteia que o Ministério da Saúde considere as avaliações da SBC em Novas Tecnologias em Cardiologia e que dê acesso à SBC às deman- das em cardiologia que estejam sendo avaliadas no âmbito do Pro- grama de Desenvolvimento Institu- cional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O presidente eleito da SBC ainda propôs uma atuação em parceria com o Ministério da Saúde para re- duzir a judicialização no Brasil, de- senvolvendo ações educativas junto aos cardiologistas e à população em geral, acerca da apropriação de in- dicações de procedimentos médicos e alocação de recursos. O presidente eleito da SBC, Marcelo Queiroga, acompanhado da presi- dente da Sociedade Brasileira de He- modinâmica e Cardiologia Interven- cionista (SBHCI), Viviana Lemke, foi recebido pelo presidente em exercício da Agência Nacional de Saúde Suple- mentar (ANS), Leandro Fonseca, pelo diretor de Gestão da ANS, Paulo Re- bello Filho, e pelo diretor-adjunto de Desenvolvimento Setorial, Daniel Pe- reira. Eles trataram do cenário atual da saúde suplementar, com destaque para a sustentabilidade do setor e as novas formas de remuneração. A re- união foi na sede da ANS, no Rio de Janeiro, em 4 de fevereiro. Para Marcelo Queiroga, é necessária uma participação mais forte das so- ciedades científicas nas discussões sobre a sustentabilidade do sistema de saúde. “A eficiência da gestão e qualidade da assistência aos benefi- ciários deve ser prioridade. É funda- mental que as evidências científicas sejam consideradas e ponderadas em relação ao impacto orçamentário e os resultados de efetividades obtidos na assistência à saúde”. Queiroga desta- cou ainda que a SBC tem tradição na elaboração de diretrizes e na difusão dos conhecimentos científicos à co- munidade cardiológica. O presidente eleito da SBC reclamou que os honorários médicos não são atualizados com a periodicidade de- vida, mesmo com previsão legal (Lei 13.003/2013), e a maior parte do orçamento da saúde suplementar é despendido com custos administrati- vos, indústria farmacêutica, de pro- dutos e com rede de hospitais, sen- do os honorários médicos sempre deixados de lado. Para Queiroga, há uma avalanche de punições de- sarrazoadas às sociedades médicas e cooperativas pelo CADE e a ANS Reunião na ANS discute a sustentabilidade do setor de saúde SBC e SBHCI participaram do encontro com o presidente em exercício e diretores da Agência precisa atuar para equilibrar essa relação, reduzindo a assimetria que existe entre operadoras e médicos. O presidente em exercício da ANS, Leandro Fonseca, afirmou que o diálogo com as sociedades médi- cas deve ser prioridade e convidou a SBC para contribuir na construção de uma nova agenda para a saúde suplementar brasileira. Já o diretor de Gestão da ANS, Paulo Rebello Filho, ressaltou a “necessidade de mudar o atual modelo assistência e de pagamento por procedimentos, sem perder de vista a melhoria do atendimento ao beneficiário de pla- nos de saúde”. (e/d): Paulo Rebello Jr., Marcelo Queiroga, Leandro Fonseca, Viviana Lemke e Daniel Pereira 11

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