Jornal SBC 207 | outubro 2019

As mulheres continuam subrepresen- tadas na cardiologia, tanto dos Esta- dos Unidos, quanto do Brasil. É o que revela artigo assinado pela editora associada da ABC Cardiol e da In- ternational Journal of Cardiovascular Sciences – revistas científicas da SBC, Gláucia Moraes. Ela destaca que, nos dois países, as mulheres são a meta- de da população, porém, na cardiolo- gia, representam apenas um terço dos especialistas. O conteúdo foi prepara- do a convite do próprio presidente do American College of Cardiology (ACC), Richard Kovacs, e publicado na edição de agosto do Journal of the American College of Cardiology . Na introdução do artigo, o presidente do ACC informa uma série de inicia- tivas já adotadas pela entidade para estimular a maior participação femini- na, que resultou em um número cres- cente de mulheres assumindo cargos de liderança no ACC. “Por meio do Diretoria Editora associada da ABC Cardiol e IJCS assina artigo no JACC sobre a baixa representatividade das mulheres na cardiologia Gláucia Moraes foi convidada pelo próprio presidente do American College of Cardiology a relatar o contexto da profissão Gláucia Moraes, editora associada da ABC Cardiol trabalho da seção ACC Women in Cardiology , também desenvolvemos programas e ferramentas exclusivas para ajudar as mulheres na fase inicial de suas carreiras a romper barreiras, e encontrar mentores e equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Embora a mudança não aconteça da noite para o dia e os frutos de nossos esforços agora possam não ser totalmente vis- tos ou sentidos por muitos anos, as primeiras indicações mostram que estamos no caminho certo”, completa Richard Kovacs. Gláucia Moraes ressalta que é neces- sário buscar melhor remuneração para as mulheres e valorização do papel delas na sociedade, além de propor- cionar mais posições de liderança nas organizações médicas. A editora as- sociada da ABC Cardiol lembra que o tema foi amplamente discutido no Bra- sil, em um simpósio realizado em João Pessoa (PB), no primeiro semestre de 2019. Durante o evento foi escrito o documento Carta das Mulheres, com “o objetivo de estimular discussões de longo prazo sobre como moldar as po- líticas de saúde brasileiras, estabelecer ações estratégicas para reduzir a pre- valência de fatores de risco para doen- ças cardiovasculares em mulheres e melhorar o diagnóstico e a abordagem terapêutica, reduzindo assim a mortali- dade e a morbidade”, resume. Foto: Divulgação 16

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