Jornal SBC 206 | setembro 2019

19 é sedentária; entre 2001 e 2016, esse índice aumentou mais de 15%; e as brasileiras e latino-americanas têm os maiores percentuais de atividade física insuficiente do mundo. Atualmente, a OMS recomenda que adultos com idade entre 18 e 64 anos façam pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbia de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade vigorosa, durante a semana. Os dados mais recentes do Brasil foram relatados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doen- ças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), um projeto apoiado pelo Ministério da Saúde, e indicaram que ape- nas 37% dos adultos, sendo 43,4% de homens e 31,5% de mulheres, seguiam as recomendações da OMS. Os números são ainda mais alarmantes ao considerar que só 23,3% dos maiores de 65 anos são fisicamente ati- vos. “Nessa faixa etária, a incidência de doenças crô- nicas, incluindo aquelas de origem cardiovascular, que são conhecidas como potencialmente prevenidas e tra- tadas pelo exercício, aumenta exponencialmente”, alerta o cardiologista da SBC e editor chefe do IJCS, Claudio Tinoco Mesquita. A edição temática da revista reúne 16 contribuições, incluindo artigos originais, artigos de revisão, pontos de vista, um relato de caso e uma comunicação especial, escrita por uma equipe altamente qualificada de 78 autores, sendo 16 estrangeiros de sete países diferentes. Dentre os tópicos abordados, estão as diferenças sexuais na morte súbita durante esportes e exercí- cios, o impacto do treinamento físico nas respostas cardiovas- cular e autonômica, o papel do treinamento físico no manejo da disfunção erétil, os benefícios da atividade física aeróbica e de resistência no tratamento de doenças cardiovasculares, inclusive para a hipertensão e para pacientes que sofreram acidente vascular cerebral. Outro assunto apresentado foi o uso de equipamentos tecnológicos e aplicativos no monito- ramento da intensidade de exercícios físicos, aumentando a segurança e a eficácia do programa de treinamento esportivo, podendo, ainda, no futuro, serem usados para detectar a indu- ção de estresse e arritmias cardíacas. O conteúdo completo da edição está em: http://publicacoes.cardiol.br/portal/ijcs/ingles/2019/v3204/ pdf/ijcs-3204-jul-ago-19.pdf

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