Jornal SBC 206 | setembro 2019

7 Diretoria A Diretoria do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde promoveu, em 10 de julho, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Cam- pus Universitário Darcy Ribeiro, em Brasília, um amplo debate sobre a Atenção Primária em saúde para doença de Chagas. O evento reuniu especialistas para discutir a implantação de teste rápido e tratamento com tempo re- duzido com benznidazol. No mundo todo, estima-se que mais de 10 mil pessoas morram todos os anos pelas consequências da doença de Chagas, e aproximadamente 6 milhões estejam in- fectadas na América Latina. No Brasil, as perdas mortes prematuras e falta de produtividade por trabalhadores in- capacitados chegam a US$ 5,6 milhões por ano, e cerca de 3 milhões de pessoas estão infectadas. Nos últimos 15 anos, apesar do Brasil ter recebido certificado internacional de interrupção de transmissão da doença pela picada do barbeiro, registrou-se aumento da disseminação pela ingestão de alimentos contaminados, principalmente na região amazônica. O Ministério da Saúde decidiu ampliar as discussões para aquisição e aplicação de testes rápidos, já liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (An- visa), para detectar ou descartar a doença, além da avalia- ção de novos esquemas terapêuticos, como o benznidazol. O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular, Fernan- do Costa, representou a SBC na Oficina Piloto do Minis- tério da Saúde e ressaltou a importância das discussões: “A presença da cardiologia é essencial nesse debate já que a doença de Chagas têm inúmeras consequências cardiovasculares, como insuficiência cardíaca, arritmias, cardiomiopatia, entre outras”, afirmou após o encontro. SBC participa de Oficina Piloto para o tratamento da Doença de Chagas promovida pelo Ministério da Saúde Evento reuniu especialistas na Fiocruz, em Brasília Apresentações realizadas na Fundação Oswaldo Cruz, em Brasília Foto: Divulgação

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