A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo apresentou ao Governo Federal uma série de propostas para o Plano de Ação e Estratégias para a Prevenção da Mortalidade por Doenças Crônicas Não Transmissíveis. A proposta da SOCESP indica a necessidade de um rastreamento de dislipidemias a partir dos 10 anos na população geral e a partir dos 2 anos na presença de história familiar de dislipidemia, fatores de risco ou doença arterial coronariana prematura nos parentes de primeiro grau. A entidade ainda propõe a verificação de custo-efetividade para a incorporação de novas tecnologias voltadas às DCNT e atualização e implementação de diretrizes clínicas sobre o tema no Ministério da Saúde. As duas últimas sugestões estão relacionadas à ampliação da oferta de vacinas no calendário do SUS para idosos, diabéticos e grupos de risco portadores de doenças do coração, já que algumas viroses desencadeiam processos inflamatórios que deflagram eventos cardiovasculares, e um tópico específico sobre alimentação saudável.
“Pouco adianta a rotulação e as informações sobre restrição de gorduras saturadas e trans nas embalagens de alimentos industrializados, se durante o preparo estes componentes forem utilizados sem controle”, esclarece a diretora de Promoção e Pesquisa da SOCESP, Maria Cristina Izar, que assina o documento juntamente com o presidente da SOCESP, João Fernando Monteiro Ferreira.
O Plano para o Enfrentamento das DCNT é um compromisso do MS compartilhado com os Estados, municípios e sociedade civil. A ação visa fortalecer a agenda da vigilância sobre o tema, com o objetivo de alcançar, nos próximos dez anos metas que refletirão a melhoria do cuidado em saúde, prevenção dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares e promoção da saúde. O presidente da SOCESP lembra o infarto e as doenças cerebrovasculares são responsáveis por 85% das mortes por doenças cardiovasculares. “Precisamos investir em prevenção e conscientização para reverter esse quadro”, conclui.
