A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo realizou uma campanha pela passagem do Dia Mundial Sem Tabaco, em 31 de maio. Uma série de posts foram publicados nas mídias sociais da SOCESP e entrevistas disponibilizadas em podcasts e vídeos para o público leigo, profissionais de saúde e médicos.
Pesquisas que foram reunidas sobre o tabagismo durante a pandemia de Covid-19 também foram apresentadas no 41º Congresso SOCESP, em junho. Dados nacionais, como da Fiocruz, mostraram que cerca de 33% dos fumantes brasileiros (que representam 12% da população) aumentaram o uso de cigarros durante a crise sanitária. Enquanto isso, 12% relataram fumar menos e 54% seguem fumando a mesma quantidade. A alta foi maior entre mulheres e indivíduos com ensino médio incompleto.
“O sentimento de isolamento, tristeza, depressão, ansiedade, medo, pior qualidade de sono e perda de rendimentos foram algumas das justificativas para o acréscimo na quantidade de cigarros consumidos”, conta a assessora científica da SOCESP e conferencista do evento, Jaqueline Scholz. Ele lembra que, na Itália, o tabagismo também cresceu 9,1%, desde o início da pandemia. “Historicamente, tanto na Itália como nos Estados Unidos, há comprovações de maior consumo de tabaco durante recessões econômicas, atribuídas a problemas financeiros e de desemprego”, completou. Estatísticas em várias nações apontam que quem fuma tem o dobro de chance de precisar de intubação, quando infectado pelo coronavírus, na comparação com quem não fuma.
O cigarro traz dependência física, psicológica e está associado a situações de vida e comportamentais. Muitas vezes, o peso emocional é muito maior do que a dependência física. “A falta da nicotina aumenta a ansiedade e a irritabilidade. Por isso a recomendação é tratar o fumante do ponto de vista físico e emocional”, aconselhou a integrante do departamento de Psicologia da SOCESP, Silvia Cury Ismael, em vídeo gravado.
Para assistir a entrevista de Silvia Cury Ismael basta acessar: aqui.
