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Jornal da Sociedade Brasileira de Cardiologia

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A Ecmo em Aracaju

A oxigenação por Membrana Extracorpórea – Ecmo – surgiu como uma terapia de suporte, utilizado para casos graves da Covid-19. O procedimento médico conhecido como Pulmão Artificial, já é uma realidade em Aracaju, e foi implantado pela primeira vez no Hospital Cirurgia por uma equipe multidisciplinar, no último 01 de maio.

Sigla em inglês que significa Oxigenação por Membrana Extracorpórea, a Ecmo é um procedimento utilizado em pacientes que tenham falência respiratória ou uma falência cardiocirculatória. Segundo o médico cardiologista e especialista em terapia intensiva, Luiz Flávio Prado, que participou da implantação da terapia aqui em Sergipe, o método é utilizado em situação extrema.

“No caso da Covid, essa terapia tem sido muito usada em pacientes com o quadro respiratório muito grave, onde as medidas habituais, como tratamento medicamentoso, manobras de ventilação mecânica e manobra de pronação do paciente em ventilação mecânica já não são suficientes para se manter uma oxigenação adequada, por essa razão faz-se necessária a utilização do método", explica.

Ecmo, é um Pulmão Artificial, onde o sangue é desviado do coração do paciente, drenado e passa por uma membrana que vai oxigená-lo, retirando o gás carbônico. Em seguida esse sangue é injetando com o oxigênio que o paciente precisa. Posteriormente esse sangue volta para o coração do paciente e volta a circular normalmente.

O médico cardiologista ressalta que enquanto está usando a terapia de oxigenação por membrana extracorpórea, o paciente mantêm-se ligado ao ventilador, mas com parâmetros mínimos, de maneira que possa deixar o pulmão se recuperando, enquanto o organismo recebe o oxigênio através da máquina.

A Ecmo é utilizada em pacientes com bom prognóstico de sobrevida, após esgotarem todas as medidas de suporte ventilatório. Convém frisar que não pode ser utilizada em pacientes com doenças terminais e alguns idosos e ainda em pacientes com prognóstico ruim, com um pulmão muito comprometido e sem possibilidade de recuperação.


Luiz Flávio Prado, médico cardiologista e especialista em terapia intensiva


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