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Edição de Maio/ Junho 2009 Ano XVI - Nº 93

Diretoria Diretoria Diretoria SBC/Funcor SBC/Funcor



A DQA, a SBC e as agências reguladoras


Há muito tempo os novos conceitos de globalização e reengenharia influenciam o mundo. Governos, corporações e até mesmo lares dos mais diversos rincões do globo sofrem mudanças em seu cotidiano, orientadas por ditames emanados desses conceitos.

Não seria diferente com a ciência que, aliás, em muito se beneficiou e avançou na última década, principalmente pela disseminação de conhecimentos promovida pela globalização e pelo questionamento dos antigos paradigmas, abalados pelas assertivas de novos modelos de funcionamento e gestão.

Com as sociedades de especialidade não poderia ocorrer ação diferente! E a SBC é um bom exemplo.

Na última década, novas diretorias foram criadas e incorporadas ao fluxograma, não como desejo ou particularidade desta ou daquela gestão, mas sim, como uma tentativa de resposta a questionamentos e providências cada vez mais contemporâneos, cada vez mais urgentes. As diretorias de Qualidade Assistencial, a de Relações Governamentais, a de Tecnologia da Informação e a de Pesquisa, só para lembrar algumas, são exemplos desses novos tempos e de novas exigências.

É razoável que, por ser grande a velocidade em que as coisas são feitas, pois são igualmente grandes as necessidades de resposta às demandas, muitos entre nós ainda não tenha entendido e incorporado esses novos rumos da nossa sociedade.

Por exemplo, a função da Diretoria de Qualidade Assistencial – a DQA –, o seu papel é ainda tão pouco compreendido que, constantemente, na qualidade de diretor desse importante segmento da SBC, sou questionado sobre a política de “defesa profissional do cardiologista”. Devo dizer que essas questões são altamente pertinentes e que é, sim, papel da DQA supervisionar e corrigir todos os fatores que influenciem uma má remuneração pelos serviços prestados por cardiologistas associados em todo país.

Concordemos que essa, por si só, já é uma tarefa “para leão”! Mas não é a única tarefa! Pois, raciocinando apenas superficialmente, qualquer um de nós perceberá que as variáveis da defesa profissional são compostas pela formação, pela atualização, pela supervisão, pelo reembolso, pelas condições de trabalho e que nenhuma dessas fases se completa apenas no profissional, mas, principalmente, no paciente, nas políticas públicas de saúde, nos intermediários de serviços médicos e nas agências reguladoras.

Tentar limitar todo esse trabalho circunscrevendo-o apenas à defesa profissional é não entender os novos paradigmas e, erroneamente, atribuir e minimizar, como já foi feito por gestão anterior, um caráter puramente corporativo, extemporâneo e, por tal, dispensável de nossos estatutos.

E é com esse trabalho, com as agências reguladoras, que eu gostaria agora, de iniciar, com cada um de vocês, um novo “canal de troca”, pois as suas opiniões são fundamentais. Obviamente que esse espaço, não comportará essa discussão, mas ela será necessária e viabilizaremos outros espaços para que tal aconteça.

Nesta gestão, a SBC iniciou um novo tempo com as agências reguladoras. Um tempo de parcerias, de intercâmbios! Sobre muitas dessas ações vocês já estão informados e participantes. Entretanto, é consenso, nesta diretoria, que a nossa sociedade não pode mais ficar à margem das decisões sobre saúde cardiovascular oriundas das autoridades sanitárias deste país.

Não é mais possível, por exemplo, que, em um regime pluralista e democrático, a permissão e/ou retirada de uma nova droga de ação cardiovascular do mercado por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não seja discutida e confirmada pela sociedade de especialidade. Também não é mais possível que uma lista de procedimentos que interferirão diuturnamente no exercício profissional seja homologada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sem o aval desta mesma sociedade. E claro, que políticas públicas de saúde cardiovascular orientadas pelo Ministério da Saúde não sejam discutidas com a SBC que congrega quase 12 mil cardiologistas, ou seja, 70% dos profissionais brasileiros.

Na próxima edição, estaremos discutindo essas ações. Todas, claramente, funções da Diretoria de Qualidade Assistencial. Para tal, envie suas dúvidas e considerações através de nosso site diretamente à DQA ou pelo meu e-mail: eczilli@cardiol.br ou, ainda, por telefone. De qualquer forma, mas participe. Somente assim cresceremos! Somente assim seremos ouvidos!

Um grande abraço!

Emilio Cesar Zilli
Diretor de Qualidade Assistencial

 


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