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Jornal SBC 109 | Agosto 2011 4

DIRETORIA

SBC reivindica passar de para R$142,00 o valor d

ergométrico

A SBC, pelo Departamento de Ergometria e Reabilitação, apresentou em reunião da Câmara Técnica da AMB a reivindicação de que o exame ergométrico, hoje avaliado em R$ 29,00 por certas seguradoras e que, na média, é ressarcido com R$ 56,00, passe a ser pago pela CBHPM (Classifcação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), que o avalia em R$ 142,00 (com viés de 20% a mais ou a menos).

Outra reivindicação apresentada é que seja realizado apenas por cardiologistas titulados, haja vista o risco de arritmia ou outra emergência e a necessidade de eventual intervenção ou encaminhamento para um adequado atendimento complementar. Essas decisões de forma alguma podem fcar a cargo de enfermeiros, fsioterapeutas ou até de “personal trainners”, que passaram a aplicar o exame.

Como resultado da reunião, o presidente do Derc, William Azem Chalela, e Fábio Sândoli de Brito, que participaram do encontro, têm a certeza de que em médio prazo as reivindicações serão atendidas. “A primeira vitória foi obtida em Maceió”, diz Sândoli, pois o presidente-futuro do Derc, Pedro Albuquerque, conseguiu que a Unimed pague a CBHPM para exames feitos por médicos titulados.

Da reunião participaram Conselho Federal de Medicina (CFM), Derc, AMB, Fenam, Unimeds, seguradoras, estatais e bancos, e os porta-vozes da SBC apresentaram os pareceres do CRM do Rio e de São Paulo, que determinam que o exame seja solicitado, sempre feito por médico e por ele laudado.

Chalela explicou que a distorção existente dá prejuízo a todo mundo. “Os convênios só devem pagar os testes pedidos adequadamente”, disse, e afrmou que 50%

dos testes pedidos o são para situações em q essa indicação, inclusive exames seriados par hipertensão, por exemplo. Além disso, testes ou inconclusivos, ou com laudos com frase geram pedidos de outros exames, tomograf medicina nuclear, por exemplo, todos de custo

“Como os testes são pedidos em excesso, os co pagam mal, o que leva as clínicas a realizá- pessoal mais barato e não capacitado”, e Fábio Sândoli, que ressalta o grande inte surpresa com que os representantes dos con acompanharam a exposição.

A Câmara Técnica é o órgão ofcial para d revisões, inclusão de novos procedimen modifcação de valores. Suas decisões são bas em estudos técnicos que defnem quanto tem médico despende para fazer um exame, sua an e emitir o laudo, qual o custo do equipame o número de exames necessários para qu valor seja amortizado, o custo operacional e o risco de vida do paciente e a necessidade equipamento de apoio, desfbrilador, por exem

Como a decisão é técnica e a SBC tem certeza de que há distorções e que o valor pago está defasado, o Derc entende que em médio prazo o problema será solucionado e se conseguirá um pagamento adequado pelo procedimento.

Fábio Sândoli explica que o trabalho de reivindicar, de estabelecer as condições para o exame já incluídas na nova Diretriz, a pesquisa dos valores e a preparação dos argumentos a serem apresentados é complexo, demorado, “mas faz parte da missão da SBC, a quem cabe defender os interesses de seus associados nos

fóruns que têm condições de decidir sobre normas, critérios e honorários”. O Derc já está preparando com a AMB o documento fnal que será homologado pela AMB e demais entidades e levado à Comissão Nacional de Honorários Médicos, que por sua vez tem a missão de repassá-lo às operadoras. Esse documento será uma valiosa e poderosa arma na argumentação que cada ergometrista poderá usar nas negociações com as operadoras.

Cardiologistas farão prevenção em crianças de 29 cidades paulistas

Escolas públicas das 29 cidades paulistas onde existem faculdades de medicina vão iniciar este ano um programa de prevenção, em crianças, de sete fatores de risco cardiovascular modifcáveis para as doenças cardiológicas. A iniciativa é da SBC, com apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria, e decorre da comprovação científca de que a doença aterosclerótica começa a se desenvolver ainda na infância.

“A obesidade, a hipertensão arterial e o sedentarismo, em virtude das longas horas passadas diante do computador, são alguns dos fatores de risco reais para as crianças”, explica o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Dikran Armaganijan. Ele conta que um programa pioneiro desenvolvido pela cardiologista Carla Lantieri em São Caetano do Sul foi

muito efetivo, e por isso encarregou a presidente do Departamento de Cardiologista Pediátrica, Ieda Jatene, de coordenar a estadualização do projeto, nas cidades paulistas que contam com a infraestrutura necessária, representada pelas faculdades de medicina. Para desenvolver todo o trabalho foi formado o Comitê da Criança da SBC.

“Para preparar o evento nas escolas, vamos reunir secretários da Saúde, da Educação e dos Esportes das cidades participantes”, conta Ieda, que vai desencadear o programa de prevenção em meados de outubro. A cardiologista Carla Lantieri conta que em cada escola pública serão montadas cinco salas temáticas, com monitores preparados para orientar tanto professores como crianças sobre os riscos para o coração. “Teremos

salas para discutir alimentação saudável, riscos do sedentarismo e necessidade de exercício físico, tabagismo, obesidade, hipertensão, prevenção e controle do estresse e diabetes”, diz.

Os integrantes doComitê da Criança da SBC reconhecem que a proposta é muito ambiciosa, mas afrmam que se a iniciativa for capaz de melhorar a qualidade de vida e retardar a evolução da doença coronariana, será ampliada e as regionais da SBC poderão estender o programa a todos os Estados do país. “Chamamos esse tipo de prevenção de primordial”, explica Dikran Armaganijan, pois indica o caminho correto para que se tenha um coração saudável antes mesmo que os fatores de risco comecem a comprometer a saúde futura.

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