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Jornal SBC 109 | Agosto 2011 3

DIRETORIA

Encontro revela necessidade de trabalho conjunto para combater a “epidemia” de

doenças cardíacas

Nas duas reuniões que os representantes da SBC tiveram emBrasília, explicaramque a entidade temdesenvolvido ações importantes com o desenvolvimento de campanhas de prevenção das doenças cardiovasculares como ocorreu com aquelas de grande repercussão junto à população, como foi o caso das campanhas contra o excesso do consumo de sal, contra o tabagismo e a extraordinária campanha do Departamento de Hipertensão Arterial da SBC “Eu sou 12 por 8”, com a qual aferiu um resultado excepcional.

Ficou claro, porém, que a SBC isoladamente não tem condições de atingir todo o universo de milhões de habitantes do país, e para isso a solução vem a ser uma proposta da parceria com o Ministério da Saúde, capaz de atingir com toda a sua estrutura números expressivos da população brasileira em um esforço gigantesco para interferir nos dados epidemiológicos bastante perversos em relação às doenças cardiovasculares no Brasil

Jorge Ilha, que declara ter fcado impressionado com o ministro Padilha, que demonstrou ter real conhecimento dos problemas cardiovasculares do país, ressalta o clima de total confança com que transcorreu a conversa, fcando claro para os presentes a necessidade de um trabalho conjunto para o enfrentamento adequado da “epidemia” de doenças cardíacas que compromete de forma signifcativa a população brasileira

“O ministro entendeu perfeitamente”, afrma Jorge Ilha, a necessidade de modifcar esse perfl, e uma

das ações a serem desenvolvidas de curto prazo foi a disponibilização do medicamento betabloqueador carvedilol nos postos de saúde, “o que vai mudar a história do tratamento atual da insufciência cardíaca no país”, bem como a disponibilização dos trombolíticos nos serviços de urgência “com o que atende a uma reiterada reivindicação dos cardiologistas”.

Para JadelsonAndrade, o comprometimentodoministro fecha lacunas há muito sentidas pelos cardiologistas brasileiros, que agora terãonessa aproximaçãoefetivada SBC com o Ministério da Saúde a possibilidade concreta de levar a informação e as evidências científcas sobre prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares diretamente ao corpo técnico do Ministério, mediante a formação de comissões mistas de trabalho, que já estão sendo criadas, e cujos resultados, certamente, impactarão na redução dos dados epidemiológicos atuais.

Jorge Ilha diz que o entendimento se torna ainda mais amplo, pois o Ministério reconhece a importância do treinamento dos médicos “lá da ponta” pela SBC, para ações concretas, sobretudo nos atendimentos das urgências cardiovasculares como ocorre nas síndromes coronarianas agudas, pois há médicos que atendem nos postos de saúde que temem usar o trombolítico ou que não sabem como usá-lo de forma adequada, necessitando de um treinamento nesse sentido. A SBC pode exercer esse papel visando uma maior efciência no atendimento desses pacientes, com impacto na

redução do índice elevado de mortalidade na fase aguda do infarto.

Tão importante como os programas de prevenção e a disponibilização das drogas, o Ministério da Saúde se compromete a incorporar em sua política de Saúde Pública as propostas da SBC e os “protocolos”, isto é, as Diretrizes do Ministério, que terão participação da entidade maior dos cardiologistas, em uma demonstração de confança que Jorge Ilha considera “um avanço monumental em relação ao que foi feito até hoje e que trará resultados palpáveis não apenas no tratamento, mas também na prevenção das doenças cardiovasculares no Brasil”.

Em relação a esse aspecto, Jadelson Andrademanifestou ao ministro Padilha a experiência da SBC quanto a diretrizes com a máxima de que“não adianta a SBC fazer as diretrizes com a melhor evidência científca existente na atualidade se o médico não lê e não aplica”, daí o projeto que coordenou de disseminação das diretrizes e passando às mãos do ministro exemplares do Pocket Book e do livro de perguntas e respostas das diretrizes e o impacto que tiveram junto aos cardiologistas. O ministro entendeu que não adianta o Ministério fazer os melhores protocolos se o médico da ponta não os utilizar.

Dessa forma, as parcerias entre a SBC e o Ministério da Saúde estão sendo construídas e os resultados desejados certamente surgirão em breve.

Jorge Ilha e Jadelson Andrade apresentam projetos da SBC durante encontro no Ministério da Saúde

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