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Jornal SBC 108 | Julho 2011 16

CARDIOLOGIA NA IMPRENSA

Medicina de aviação para o cardiologista

Um verdadeiro “boom” aéreo está ocorrendo, a população brasileira incluiu a aviação como seu sonho de consumo. Essa mudança de hábitos obrigou os médicos, especialmente os cardiologistas, a opinarem sobre os possíveis riscos das viagens aéreas.

As viagens com duração maior do que quatro horas têm cientifcamente constatado potencial de risco para os pacientes cardiopatas e pulmonares crônicos, e mais, os aviões dos chamados voos de carreira mantêm uma pressão atmosférica na cabine equivalente a pelo menos 2.500 metros de altura acima do nível do mar e a saturação de oxigênio dessa altitude. Medições consideradas normais da saturação sanguínea do oxigênio em solo estão em 99%, enquanto nos passageiros dentro da cabine fca ao redor de 94%, a umidade relativadoar pode chegar a 30%, dependendo do tamanho da aeronave e da quantidade de pessoas, fato que pode ser desencadeante de instabilidade para os doentes. A Dra. Vania E. R. Melhado, professora da Faculdade de Ciências Medicas da Santa Casa de São Paulo e presidente do Comitê de Medicina Aeroespacial da Associação Paulista de Medicina, nos explica esse assunto:

“Todos os voos de curta e longa duração impõem algum grau de estresse: tumulto de aeroporto, como carregar bagagens, caminhar longas distâncias, alterações nas rotinas posológicas, entre outros. Em geral, os passageiros com condições médicas estáveis normalmente chegam muito bem ao aeroporto de destino. No entanto, há sempre a possibilidade de que

Responsável Nabil Ghorayeb ghorayeb@cardiol.br www.cardioesporte.com.br

alguns passageiros, especialmente aqueles com doença instável, considerando as condições ‘habituais’ interna das cabines como descrito, poderão ter algum grau de descompensação durante ou após a viagem. Para a maioria dos indivíduos com doenças crônicas, a aplicação pelo médico das adaptações fsiológicas do organismo ao ambiente do voo geralmente é sufciente para a tomada de decisão juntamente com seu paciente, para a defnição da viagem neste momento ou não.

Um teste simples que pode ser aplicado pelo médico para verifcação da capacidade de adaptação em indivíduos portadores de doenças crônicas frente à hipóxia hipóxica é o teste de distância de 50 metros com discreto

CARDIONAUTAS

Ainda sobre QR Codes

Como vimos na última edição dacoluna“Cardionautas”, osQR Codes estãonamoda. E as suas aplicações na medicina não paramde crescer.

Veja alguns usos práticos e rotineiros do QR Code na área médica:

1. QR Codes estão sendo aplicados nos corredores dos hospitais para mapear os andares e melhor orientar os pacientes ao sinalizar os locais de atendimento.

2. QR Codes em salas de espera de hospitais e clínicas mostram orientações sobre determinados tipos de exames ouprocedimentos.

Responsável Augusto Uchida augustohiroshi@cardiol.br

3. Anúncios de televisão e de internet estão mostrando QR Codes para quem quer obter mais informações sobre medicamentos.

4. Revistas científcasmostramQR Codes para complementar o textocomvídeos ouanimações ouaindaparagerar cupons promocionais dedescontos.

5. QR Codes estão sendo impressos em caixas e bulas de medicamentos para notifcação complementar de efeitos colaterais e interaçõesmedicamentosas possíveis.

6. Operadoras de planos de saúde estão imprimindo QR Codes em embalagens de medicamentos ou de alimentos saudáveis para que opacienteganhepontos emilhagens.

7. Pacientes estão produzindo QR Codes para guardar informações relevantes de saúde com fácil acesso pelos setores de emergência.

8.MédicosestãoimprimindoQRCodesemrelatóriosmédicos paramelhor preservar a privacidadedos pacientes.

9. Portadores de distúrbios mentais agora andam com braceletes com QR Codes impressos sinalizando formas de contato comomédicoou familiares.

10. QR Codes estão sendo impressos em cartazes de divulgação de cursos médicos com orientações de como chegar, como se inscrever e comoobter descontos.

Use a sua criatividade e comece a usar oQRCode!

aclive. O paciente deve cumpri-lo sem apresentar dispneia, estando então apto à viagem. Se não tolerar o teste, o risco de não tolerar também a hipóxia relativa da cabine de uma aeronave é considerado alto.”

Tendo em vista essas situações descritas, acredito que uma abordagem mais cuidadosa do nosso paciente viajante deva ser a conduta ideal na atualidade.

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