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Jornal SBC 104 | Março 2011 13

CARDIOLOGIA NA IMPRENSA

Riscos não cardiovasculares

do teste ergométrico

Recentemente, dois pacientes, esportistas amadores, que realizaram testes ergométricos em dois diferentes serviços de São Paulo, tiveram distensões muscularesquedeterminaram reclamações aos serviços de atendimento ao cliente de onde realizaram o exame: dois hospitais particulares, referência em alta qualidade da medicina. Repercussões de caráter ético/profissional e duro questionamento se o médico “ergometrista” tomou conhecimento dos antecedentes físicos e esportivos dos indigitados pacientes para assim poder escolher o correto protocolo ou metodologia etc. foram feitos! Finalmente, as reivindicações solicitadas: um deles pediu ressarcimento pecuniário pelo dano, e o outro exigiu, em longa carta, “apenas” a demissão sumária do colega (sou testemunha do fato), além dos necessários tratamentos ortopédico e psicológico (por não poder correr por algumas semanas pela primeira vez na sua vida!). Convidamos um dos mais experientes cardiologistas e profundo conhecedor da ergometria, Dr. Romeu S. Meneghelo, diretor do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, para expor sua opinião.

“Em nossa experiência, podemos afrmar que essa é uma complicação rara, mas que suscita considerações. As recém-publicadas Diretrizes sobre teste ergométrico da SBC recomendam que o ergômetro e o protocolo de exercício devem ser escolhidos em conformidade com as condições funcionais do paciente e, idealmente, durar de oito a 12 minutos. A anamnese cuidadosa antes do esforço permite ao médico escolher o protocolo ideal para cada caso, seja ele em rampa ou em estágios. Se o tempo sugerido for atingido, provavelmente lesões osteoarticulares serão minimizadas. Não é recomendado aquecimento prévio para se evitar essas complicações nos testes diagnósticos pela possibilidade de resultados falsos-negativos, devido ao efeito do precondicionamento isquêmico. Outra regra importante a ser seguida é não programar protocolos que envolvam corridas muito acima dos hábitos do paciente. Por exemplo, o Protocolo de Ellestad não deveria ser escolhido para pessoas que nunca correram na vida. Para que o indivíduo possa cumprir esse protocolo, dentro do tempo recomendado, ele deverá atingir o quarto estágio que é correr a 8 km/h com inclinação de 10%. Nessa situação, a distensão poderá ser uma complicação mais frequente. Finalmente, é momento de sugerir que nos consentimentos informados haja a consideração de que tal complicação pode ocorrer, mesmo escolhendo-se o protocolo ideal.”

CARDIONAUTAS

ePub: o padrão internacional para

livros eletrônicos

Já é muito grande o número de livros médicos que são publicados eletronicamente noformatoePubparaquevocê possa ler confortavelmente no seu celular, computador ou tablet.

O ePub vem do inglês “electronic publication”, e nada mais é que um arquivo que foi adotado como um padrão internacional para e-books (livros eletrônicos). Ele foi padronizado por um consórcio de empresas chamado IDPF – International Digital Publishing Forum.

O ePub é um arquivo que contém texto acompanhado de imagens e links, e é embalado com extensão .ePub. Um livro feito em ePub permite que a leitura seja uma experiência boa em qualquer tipo de tela, independentemente do tamanho ou do sistema. Pode-se aumentar ou reduzir o tamanho da fonte e alargar ou diminuir o tamanho da página.

Outras vantagens do ePub

- formato livre e aberto, podendo ser usado emodifcado por qualquer um;

- inclui imagens em formato vetorial, que não perdem a resolução quando ampliadas;

- pode incluir links;

- permite confgurar uma proteção de direitos autorais.

dica

Se você quer criar e editar arquivos no formato ePub, uma boa opção é o software SIGIL, disponível para download gratuito nas plataformas MAC e Windows.

Responsável Augusto Uchida augustohiroshi@cardiol.br

Responsável Nabil Ghorayeb ghorayeb@cardiol.br www.cardioesporte.com.br