Jornal SBC 118 | Maio 2012
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partindo da doença em direção à saúde, e essa é a nossa
grande responsabilidade”, disse em sua saudação aos
participantes.
No discurso de abertura, o presidente da SBC, Jadelson
Andrade, enfatizou que os conhecimentos científicos
adquiridos por todos os presentes deveriam ser utilizados
comoinstrumentosparaocombateaepidemiadasdoenças
cardiovasculares, que são responsáveis por 30% de todas
as causas de morte relacionadas no Brasil e no continente
Latino Americano. Em seguida ao seu pronunciamento,
o presidente da SBC prestou homenagem a Valentin
Fuster, entregando-lhe em nome da SBC uma placa como
reconhecimento dos cardiologistas brasileiros e dos países
representados no evento.
Foi formada amesa diretora dos trabalhos, integrada pelo
coordenador do Simpósio Valentin Fuster, presidente da
SBC, Jadelson Andrade; pelo governador do Capítulo
do ACC no Brasil, Antonio Carlos Palandri Chagas; pelo
diretor-científico da SBC, Luiz Alberto Mattos; e pelo
presidente da Socesp, Carlos da Costa Magalhães. As
conferências se sucederam obedecendo criteriosamente
ao horário da programação. A primeira sessão, presidida
pela presidente e diretora médica do CV Ptah Institute,
Renu Virmani, tinha por tema “Novas descobertas na
aterotrombogênese”, e o primeiro palestrante foi Valentin
Fuster, que falou das tendências em evolução, “da doença
à saúde e do coração ao cérebro e a evolução da imagem,
da genética e dos estudos sobre o tecido regenerativo”.
A sessão se prolongou até o intervalo para o almoço e o
rígido cumprimento do horário permitiu que tanto Fuster
como Renu Virmani respondessem às muitas perguntas
da plateia. A primeira sessão da tarde foi sobre“Síndrome
coronariana aguda” e a terceira, sobre “Doença arterial
coronariana crônica e sistêmica – desafios na conduta
terapêutica e na prevenção”, sessão essa encerrada com
debate com a plateia em que foram debatedores André
D’Ávila, Valentin Fuster e Michal Farkouh.
Organização e estrutura
Os cerca de 1.800 cardiologistas brasileiros e de toda
a América Latina presentes elogiaram a estrutura e
organização do evento, bem como o conforto do imenso
auditório onde se realizou e a qualidade do sistema
audiovisual. “O padrão que vimos aqui não deve nada
a nenhum evento que temos tido a oportunidade de
assistir tanto nos Estados Unidos quanto na Europa”,
afirmavam muitos não se cansando de elogiar o evento,
fazendo coro com os speakers internacionais convidados
e com a equipe administrativa do ACC que se mostraram
surpresos com o nível do evento realizado pela SBC.
Entrevistas
A equipe do Cardiosource, que se fez presente ao
simpósio, realizou uma série de entrevistas com
cardiologistas brasileiros e com os palestrantes
internacionais acerca da temática científica do evento.
“Foram 18 entrevistas, algumas com duração de mais
de dez minutos”, relata o coordenador do projeto,
Roberto Giraldez, que, com o apoio da área de TI da
SBC, liberou no portal www.cardiol.br algumas das
entrevistas minutos depois de terem sido realizadas. Ele
lembra que todas essas participações dos conferencistas
continuarão disponíveis no portal, para consulta dos
interessados.
O segundo dia do curso teve uma programação ainda
mais intensa, com sessões sobre“Hipertensão Pulmonar,
fundamentos para a terapêutica clínica”, “Distúrbios
do ritmo cardíaco: desafios contemporâneos e alvos
futuros”, “Desafios para 2012: diagnóstico e tratamento
cirúrgico e percutâneo da valva aorta” e “Estratégias
terapêutica na Cardiomiopatia Hipertrófica associada
às anormalidades da válvula mitral”. Cada sessão
desdobrando-se em até seis conferências, seguidas de
debates.
Esperança de voltar
A conferência de encerramento coube também ao Prof.
ValentinFuster, que falousobreasperspectivas futurasda
terapêutica genética e regeneração tecidual, e encerrou
o simpósio confessando que ficou extremamente bem
impressionado pelo nível dos cardiologistas brasileiros,
e pelo excelente nível científico das perguntas
encaminhadas pela plateia à mesa diretora. Ele fez
questão de dar os parabéns ao público presente, cujas
perguntas, insistiu, deixam claro como está avançado
o estado da arte da Cardiologia, no Brasil. E concluiu,
voltando-se para o presidente Jadelson, afirmando: “já
que o simpósio foi tão proveitoso, que deve ser pensada
a possibilidade de ser repetido nos anos vindouros”.
Jadelson Andrade encerrou o evento agradecendo a
presença de todos e disse que o grande desafio foi fazer
um evento à altura do que vem sendo realizado pelo
American College of Cardiology Foundation ao longo
de anos em Nova York, e reafirmou ter certeza de que a
informação adquirida na imersão científica que foi feita
nos dois dias do curso “nos há de capacitar a usar esse
conhecimento na prática clínica, de maneira a que seja
possível mudar para muito melhor a realidade que hoje
se vive no Brasil em relação às doenças cardiovasculares”,
concluiu Jadelson.
David Adams
Deepak Bhatt
Michael Farkouh
Peter Libby
Renu Virmani
Samin Sharma
Evento lotou auditório do WTC Sheraton Hotel, em São Paulo.
DIRETORIA