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Jornal SBC 116 | Março 2012
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ESQUINA CIENTÍFICA
Arritmias cardíacas
Parada cardiorrespiratória durante corrida de longa distância
Em trabalho recente, foram analisadas a incidência e o prognóstico das paradas cardiorrespiratórias ocorridas durante provas de maratona e meia-maratona nos Estados
Unidos em 10,9 milhões de corredores, com idade média de 42 anos. A incidência foi de 0,54/1.000.000 (59 casos), sendo maior emmaratona do que emmeia-maratona (1,01
vs 0,27), e em homens do que em mulheres (0,9 vs 0,16). Dividindo a corrida em quatro partes, é no último em que mais eventos são observados. Sobre as causas, a maioria
apresentava doença cardíaca estrutural, sendo a miocardiopatia hipertrófica a mais comum. Dos 59 casos, 42 (71%) faleceram, sendo os preditores de sobrevivência o início
da reanimação precoce e ausência de miocardiopatia hipetrófica.
Fonte primária:
The New England Journal of Medicine
Referência:
Cardiac Arrest during Long-Distance Running Races - Kim J et al, N Eng J Med 2012; 366:130-40.
Leandro Ioschpe Zimerman
Ex-presidente e Membro do Conselho Deliberativo da SOBRAC
Arritmias cardíacas
Fibrilação Atrial (FA) assintomática aumenta o risco de complicações
Foram publicados os resultados do estudo ASSERT, com 2.580 portadores de marca-passos com capacidade de detecção de episódios de FA. A ocorrência de FA subclínica
se relacionou a um risco 2,5 vezes maior de complicações, como acidente vascular cerebral ou embolia sistêmica. São evidências para a importância da arritmia e da sua
associação a complicações, mesmo quando não acompanhada de sintomas.
Fonte primária:
The New England Journal of Medicine
Referência:
Healey JS, et al. Subclinical Atrial Fibrillation and the Risk of Stroke. N Engl J Med 2012; 366:120-129.
Márcio Figueiredo
Coordenador de Relações Institucionais, Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)/SBC
Arritmias cardíacas
Novidades em genética e Fibrilação Atrial (FA)
Um estudo avaliou se o aumento da expressão de conexinas poderia melhorar a condutividade elétrica no tecido atrial e evitar a ocorrência de FA. Foram utilizados porcos
geneticamente modificados e um grupo controle para aumentar a expressão de conexinas 40 e 43. A transferência dos genes aumentou a condução e diminuiu a ocorrência
de FA. O trabalho mostra novos caminhos para o tratamento da arritmia.
Fonte primária:
Circulation
Referência:
Igarashi T, et al. Connexin Gene Transfer Preserves Conduction Velocity and Prevents Atrial Fibrillation. Circulation 2012; 125:216-225.
Márcio Figueiredo
Coordenador de Relações Institucionais, Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)/SBC
Arritmias cardíacas
Tratamento farmacológico da fibrilação atrial
Foi publicada recentemente na revista Circulation uma revisão completa e atual sobre fármacos utilizados para a manutenção do ritmo sinusal em pacientes com fibrilação
atrial. Uma revisão ampla e completa fala também de novas perspectivas, como antiarrítmicos em desenvolvimento e impacto de medicamentos não antiarrítmicos na
evolução desse distúrbio do ritmo.
Fonte primária:
Circulation
Referência:
Peter Zimetbaum. Antiarrhythmic Drug Therapy for Atrial Fibrillation. Circulation 2012; 125:381-389.
Márcio Figueiredo
Coordenador de Relações Institucionais, Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)/SBC