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Jornal SBC 123 | Outubro 2012
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Teste Ergométrico. A luta continua
Exame complementar
de grande apl icabi l idade
nas
vár ias
etapas
das ações da rot ina
cardiológica
fez
do
Teste Ergométrico ( TE)
u m a
f e r r a m e n t a
indi spensável no dia
a dia do cardiologi sta.
Suas indicações vão
desde a aval iação de
indivíduos
saudávei s
o u
c a r d i o p a t a s ,
passando por val iosa
c o n t r i b u i ç ã o
no
diagnóst ico
e
prognóst ico
das
doenças
cardiovasculares com impl icações na seleção
mai s adequada das condutas cl ínicas. No
entanto, há mui tos anos o Teste Ergométr ico
vem sof rendo um desprest ígio avi l tante em
relação à sua remuneração pelas seguradoras de
planos de saúde. O exame está na CBHPM, mas
os valores prat icados no mercado são infer iores
a 50% daqueles preconizados na class i f icação
da AMB. A atual CBHPM est ipula o valor de R$
150,00 por um TE. Essa recomendação não é
seguida e em média valores de R$ 50 a 70,00
estão em prát ica em todo o ter r i tór io nacional .
Essa
s i tuação
resul ta
em
indesejávei s
consequências,
algumas
desastrosas,
tai s
como: I ) RELACIONADOS À ÉTICA – O TE
sendo
executado
por
prof i ss ional
Não
Médico fere o ar t igo 3º do Código de Ét ica
Médica [Resolução Conselho Federa l de
Medi c ina (CFM) Nº 1.931/2009]
”vedado
ao médi co de l egar a out ros prof i ss ionai s as
at r ibui ções exc lus i vas da prof i ssão médi ca”.
I I )
RISCOS – o não reconhec imento das vár i as
recomendações rel ac ionadas às indi cações ,
cont ra indi cações , interpretação de s intomas ,
a l terações eletrocardiográficas, hemodinâmicas,
metaból i cas e autonômi cas resul tam em r i scos
desnecessár ios , por vezes com consequênc i as
fata i s . I I I ) CUSTO-EFETIVIDADE – O TE
executado por prof i s s i ona l não qua l i f i cado
resu l ta em um grande número de resu l tados
i nconc l us i vos ou f a l sos pos i t i vos ou f a l sos
negat i vos , l evando a condutas abso l utamente
imprópr i as , com graves pre j u í zos f í s i cos e
f i nance i ros i nc l us i ve para operadoras .
Dessa forma, a atual remuneração do Teste
Ergométr ico DERC bem di stante daquela
preconizada na class i f icação da AMB gerou no
DERC uma ação que já está em curso, há cerca de
doi s anos, denunciando que a resolução do CFM
não está sendo adotada pelas seguradoras. Em
1° de novembro de 2010 a SBC/DERC elaborou
um documento e o encaminhou à Associação
Médica Bras i lei ra (AMB) . Essa ent idade em
reunião da Câmara Técnica Permanente da
CBHPM concordou plenamente e referendou
o teor do documento da SBC/DERC em 24 de
agosto de 2011, emi t indo um parecer conforme
segue:
”A AMB at ravés de sua Di retor ia Execut iva,
enfat iza que para manter a coerência de suas
DEFESA PROFISSIONAL
José Xavier de Melo Filho
Diretor de Qualidade
Assistencial da SBC
josexavier@cardiol.br
deci sões e conforme f icou estabelecido na
Câmara Técnica da CBHPM, o documento of icial
emi t ido pela Sociedade Bras i lei ra de Cardiologia
seja respei tado por todas as operadoras”.
A luta cont inua o Depar tamento de Defesa
Prof i ss ional da SBC encampou essa luta e sugere
que todas as Regionai s também par t icipem
pr incipalmente press ionando as operadoras
em cada estado a cumpr i rem as determinações
da AMB como o que já vem ocor rendo em
algumas cidades. Por outro lado, a Di retor ia
da SBC e o DERC bu s c a r am a ANS na pe s s oa
de s eu d i r e t o r - pres idente Maur icio Ceschin
que prometeu a intermediação da SBC e as
operadoras de saúde.
AN_CETRUS_INST_MAR12_FIM_AF.pdf 1 4/3/12 11:59 AM
Imagem meramente ilustrativa