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Jornal SBC 122 | Setembro 2012
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CONGRESSO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA
A importância do 67º Congresso Brasileiro de Cardiologia
pode ser avaliada pelas autoridades mundiais que vieram
prestigiá-lo, entreasquaisopresidentedoAmericanCollege
of Cardiology, o presidente da American Heart Association,
os presidentes passado, presente e futuro da European
Society of Casdiology, da Sociedad Interamericana de
Cardiologia e de praticamente todas as sociedades de
Cardiologia dos países sul-americanos.
A colocação é do presidente da SBC, Jadelson Andrade,
ao fazer um balanço do evento que levou mais de 12 mil
pessoas ao Recife para acompanhar um congresso que
ultrapassou as 1.100 atividades diversas, entre conferências,
mesas-redondas, simpósios, apresentação e premiação de
temas livres, numa esmerada programação científica.
Programação
“Nosso Congresso atingiu um
status
de grande significância
pelo cuidado com que foi preparada a programação
científica”, explica Jadelson, “voltada para a necessidade
efetiva do cardiologista e a prática clínica”. O que significa
que contribui para a capacitação do especialista que tem
como missão modificar “o perfil epidemiológico trágico
que faz com que a mortalidade decorrente das doenças do
coração respondam por um terço das mortes registradas a
cada ano no Brasil”.
A credibilidade da SBC se reflete também na vinda de 36
delegações internacionais, “que voltam para seus países
de origem com uma impressão extremamente positiva da
cardiologia nacional”. Nos países do Cone Sul já é inconteste
a importância da cardiologia brasileira, haja vista a
multiplicação dos convites para que especialistas nacionais
sejam palestrantes dos congressos dos países lindeiros de
língua hispânica.
Infraestrutura
Jadelson enfatiza, ainda, que o sucesso do congresso
realizado em Pernambuco é decorrência também da
completa infraestrutura que, ao longo dos anos, foi
montada pelas Diretorias da SBC. Hoje com 13 mil sócios,
diz ele, realizando mais de 600 eventos científicos a cada
ano, com duas sedes, no Rio de Janeiro e em São Paulo, 24
sociedades estaduais, duas regionais e 13 departamentos, a
SBCcontatambémcomestúdiodegravaçãoe“DataCenter”.
A área de Tecnologia de Informação colocou a entidade
Presidentes das maiores sociedades de
cardiologia do mundo estiveram no
Congresso da SBC
Evento emRecife teve público de 12mil pessoas
pioneira diante das demais sociedades de especialidade,
que culminou com o lançamento da Revista Eletrônica no
congresso.
Outro resultado importantíssimo da SBC lançado
no Congresso foi o Treinamento em Emergências
Cardiovasculares (TECA), desenvolvido pela “equipe
da casa”. O programa é tão ou mais avançado que o
usado, da AHA, libera o Brasil de pagar
royalties
e vai
representar receita. Os presidentes das sociedades
coirmãs da América Latina demonstraram interesse em
adquirir os direitos para usar o TECA.
Registros
“A SBC saiu da sala de aula”, diz o presidente da entidade, e
as ações que temempreendido recentemente representam
um novo parâmetro. Ele se refere especialmente aos
Registros Brasileiros de Cardiologia. Aos poucos, eles
vão criando uma identidade epidemiológica brasileira
mostrando, por exemplo, que a mortalidade até 30 dias
dos pacientes infartados no Nordeste chega a ser três vezes
maior do que nos Estados do Sul e do Sudeste.
Os RBC, por sinal, já representam um subsídio que passa a
influenciar a política de saúde pública do governo brasileiro,
em mais um serviço que a cardiologia presta ao país. E na
outra ponta, voltada para o jovem cardiologista e mesmo
para o acadêmico que ainda não se formou, a SBC promove
eventos como o “Jovem Cientista”. O programa incentiva
o pesquisador iniciante e que aprende a apresentar seu
tema livre, a falar em público, a mostrar os resultados do
seu trabalho e que, como estímulo extra, sendo premiado,
participa do“Jantar dos Conferencistas”.
População
Por tudo isso, Jadelson entende que a SBC atingiu um
novo patamar, uma credibilidade que se reflete até mesmo
na atitude da população em relação ao cardiologista e
suas orientações. E exemplifica com a campanha contra
o tabagismo, que alcançou resultados melhores do que
os de todos os outros países; a campanha pelo fim do
sedentarismo, tãodivulgada que hoje“quemnão se exercita
noBrasil temverdadeirosentimentodeculpa”;eacampanha
pela redução do consumo de sal, que foi incorporada pelo
Ministério da Saúde. E ele concluiu garantindo que “a SBC
ainda farámuitomais”.
Abertura do 67º Congresso Brasileiro de Cardiologia
apresentou dança regional
Brivaldo Markman Filho, presidente do 67º
Congresso Brasileiro de Cardiologia
Jadelson Andrade, presidente da SBC, entrega
homenagem ao cardiologista Roberto Kalil Filho
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia
cumprimenta ex-presidentes da sociedade
(Da esq.) David R. Holmes, Antonio Carlos P.
Chagas, William A. Zoghbi, Jadelson Andrade,
Eduardo Nagib Gaui e Luiz Alberto Mattos
(Da esq.) Luiz Alberto Mattos, Lino Gonçalves, Burkert
Matias Pieske, Michel Komajda, Eduardo Nagib Gaui,
Panos E. Vardas, Glaucia Maria Moraes, Jadelson Andrade,
Fausto Pinto, Fernando Bacal e Fábio Vilas-Boas
Fotos:
Divulgação SBC