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Jornal SBC 122 | Setembro 2012
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O diretor administrativo da SBC, Marcelo Hadlich,
apresentou à Diretoria três ambiciosos projetos, que
foram aprovados. São eles: a “nuvem eletrônica”, o
compartilhamento de arquivos por contato até de
celulares e a identificação por radiofrequência – RFID,
o mesmo usado nas Olimpíadas.
“A implementação será em médio prazo”, explica
Hadlich, “e meu preferido é o RFID, que,
grosso
modo
, pode ser considerado a evolução do atual
código de barras”. O sistema permite, por exemplo,
que o congressista seja cadastrado e toda sua
movimentação seja monitorada. “Em decorrência,
podemos saber quanto tempo cada visitante fica
num estande, quantos congressistas assistiram a
DIRETORIA
SBC está orçando servidor para oferecer
“nuvem eletrônica” aos associados
Projetos apresentados em reunião da Diretoria preveem transmissão de dados por contato, entre celulares
e identificação por radiofrequência
determinada palestra e até quantos se retiraram antes
do fim”, explica.
No congresso do ACC, o sistema foi usado para
monitorar a adesão aos eventos, verificar se um sorteio
atrai ou não o público, os temas que provocarammaior
afluxo e até a demanda por brindes. “É um programa
para identificar o que agrada mais, o que desperta
pouco interesse. É ótimo para medir eficácia de ações”,
completa.
A Nuvem
A “Nuvem”, para o que um servidor está tendo preço
cotado, vai permitir que cada um dos 13 mil associados
guarde remotamente até 5 gigabytes de artigos,
arquivos, entrevistas, vídeos. O cardiologista poderá
acessar de qualquer lugar do mundo a qualquer hora,
seja por smartphones, tablets, seja por computadores.
O terceiroprojeto, de transmissãode dados por contato,
é o mesmo que permite que se encoste um celular
numa “
vending machine
” para comprar um refrigerante
e a máquina cobra o valor na conta do usuário. No
caso da SBC, o sistema permitirá que um médico
que montou uma agenda com as conferências sobre
certo tema encoste seu celular em outro e transmita
a agenda ao colega. Ou então que, interessado em
algo oferecido num estande, encoste o celular no do
expositor e passe seu cartão de visitas, por exemplo.
Agência Nacional de Saúde pediu Resolução do CFM para aumentar o valor pago pelo exame que é
considerado como ato médico
Presidente do CFM apoia demanda de preço
justo para teste ergométrico
O presidente do Conselho Federal de Medicina,
Roberto d´Ávila, recebeu em Brasília o presidente
da SBC e a diretoria do Derc. Ele concordou com as
duas posições defendidas que o teste ergométrico é
atribuição exclusiva do médico e que deve ser pago
de acordo com a CBHPM, pagamento esse que não
vem sendo honrado no nível adequado por grande
parte dos seguros-saúde.
A audiência com o presidente do CFM, que também
é cardiologista, foi solicitada em decorrência de
pedido do presidente da Agência Nacional de Saúde,
Mauricio Chechin. Ele é favorável às reivindicações,
mas quer um posicionamento do Conselho para
apoiar a decisão a ser tomada. No ano passado, a
Câmara Técnica da Associação Médica Brasileira
(AMB) já tinha emitido parecer nesse sentido.
Situação crítica
A posição da SBC enfatiza que o teste ergométrico não
pode ser realizado por quem não é médico. A prática
de realizar dois ou três exames simultâneos em salas
contíguas, com um único médico supervisionando,
é ineficiente. Ela induz a erro e acaba levando à
necessidade de exames complementares. O irrisório
pagamento está entre R$ 50,00 e R$ 60,00 por
exame, quando nos Estados Unidos o valor pago
chega a US$ 1.100,00.
Decisões do CFM
Roberto D´Ávila comprometeu-se a preparar a
Resolução, que será votada em plenário em reunião
que já foi marcada. O presidente do CFM antecipou
que no mesmo encontro será tomada a decisão
final sobre a questão do “Selo” da SBC, à luz dos
esclarecimentos encaminhados pela sociedade.
Participaram da reunião, além do presidente
Jadelson Andrade, o presidente do Derc, Pedro
(Da esq.) Presidente do Derc, Pedro Ferreira de Albuquerque; diretor para Assuntos Governamentais do Derc,
Lázaro Fernandes de Miranda; presidente do Conselho Consultivo do Derc, Fábio Sândoli de Brito; presidente
do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’Ávila; e presidente da SBC, Jadelson Pinheiro de Andrade
Ferreira de Albuquerque, o diretor para Assuntos
Governamentais do Departamento, Lázaro Miranda,
e o presidente do Conselho Consultivo do Derc, Fábio
Sândoli de Brito.
Foto:
Márcio Arruda