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Jornal SBC 129 | Abril 2013
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ESQUINA CIENTÍFICA
Luís Beck da Silva |Co-editor
luisbeckdasilva@gmail.com
Cardiologia da Mulher
Baixa dose de rosuvastatina melhora os marcadores
morfológicos e funcionais de aterosclerose em
mulheres pós-menopausa assintomáticas com
dislipidemia
Estudo envolveu 51 mulheres maiores de 55 anos, com
LDL > 140, sem comorbidades associadas. Feito 2,5
mg de rosuvastatina com grupo controle sem estatina.
Avaliado eficácia pelo espessamento da íntima média
da carótida EIMC, índice beta de rigidez arterial da
carótida comum IB, e velocidade de onda de pulso da
artéria braquial VOPAB. Constatou-se com três meses
redução significativa do IB, VOPAB, EIMC um ano e
redução do LDL. Interessante era que a EIMC um ano
correlacionava-se com a PCR US três meses, sugerindo
que a queda dessa prediz as alterações do EIMC um
ano. Esses marcadores substitutos de DAC melhoraram
com estatinas, que regulam o colesterol e conferem
benefícios anti-inflamatórios no desenvolvimento de
aterosclerose.
Fonte primária:
Menopause
Referência:
Menopause.2012:19 (12):1294-1299.
Orlando Medeiros
Presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher
Insuficiência Cardíaca (1)
Hiperglicemia é associada a pior prognóstico na
insuficiência cardíaca aguda
Embora bem estabelecida no infarto agudo do
miocárdio, a associação entre hiperglicemia e
mortalidade é controversa na Insuficiência Cardíaca
Aguda (ICA). Uma coorte multinacional publicada no
JACC demonstrou que a glicemia dosada na admissão
hospitalar tem valor prognóstico na ICA. Analisando
6.212 pacientes em países da Europa, África, Ásia e
Estados Unidos, observou-se que a glicemia elevada,
definida por > 180 mg/dL em diabéticos e > 126
mg/dL em não diabéticos foi associada de maneira
independente a duas vezes maior mortalidade em 30
dias (OR 2,19, IC 95% 1,69-2,83, p < 0,0001). Se é apenas
um marcador de gravidade ou se o controle intensivo
com insulina poderia mudar a evolução da ICA, ainda é
especulativo.
Fonte primária:
Journal of American College of
Cardiology
Referência:
Mebazaa A et al. “Association Between
Elevated Blood Glucose and Outcome in Acute Heart
Failure: Results From an International Observational
Cohort.” J Am Coll Cardiol 2013; Jan 9. pii:
S0735-1097(12)05865-2. doi: 10.1016/j.jacc.2012.11.054.
[Epub ahead of print].
Miguel Morita Fernandes da Silva
Departamento de Insuficiência Cardíaca – SBC
Cardiologista, Doutorando em Cardiologia pela USP
Membro DEIC jovem
Insuficiência Cardíaca (2)
Uso de terapias antitrombóticas em pacientes com
IC e ritmo sinusal: meta-análise atual
Meta-análise delineada com o objetivo de avaliar
qual a atual evidência do uso de anticoagulantes e
antiagregantes plaquetários em pacientes com IC, fração
de ejeção reduzida e ritmo sinusal. Os autores utilizaram
os dados dos estudos WASH, HELAS, WATCH e WARCEF
para demonstrar que o uso de varfarina
versus
aspirina,
nesse grupo de pacientes, diminui o risco de Acidente
VascularCerebral (AVC), sem, todavia, apresentarqualquer
benefício relacionado à diminuição da mortalidade.
Fonte primária:
European Journal of Heart Failure
Referência:
Hopper I, Skiba M, Krum H. Updated
metaanalysis on antithrombotic therapy in patients
with heart failure and sinus rhythm. Eur J Heart Fail.
2013 Jan;15(1):69-78. doi:10.1093/eurjhf/hfs171.
Flávio de Souza Brito
Membro Colaborador do DEIC Jovem
Hipertensão Arterial
A espironolactona melhora a função diastólica e
reduz massa do ventrículo esquerdo
A Insuficiência Cardíaca (IC) com fração de ejeção
preservada (FEP) é frequente, e a hipertensão arterial
participa como fator de risco nesses pacientes.
Edelmann e cols., avaliando 422 pacientes com IC
e FEP, encontraram que espironolactona 25 mg/dia
melhorou a disfunção diastólica, reduziu o índice de
massa do Ventrículo Esquerdo (VE), mas não modificou
a capacidade máxima ao exercício, nem os sintomas
clínicos ou a qualidade de vida. Este estudo é o primeiro
com um número adequado de pacientes, multicêntrico
que demonstrou o remodelamento reverso do VE em
pacientes com FEP após um ano de espironolactona.
Fonte primária:
JAMA
Referência:
Edelmann F, Wachter R, Schmidt AG,
et al. Effect of Spironolactone on Diastolic Function
and Exercise Capacity in PatientsWith Heart FailureWith
Preserved Ejection Fraction. JAMA. 2013;309(8):781-791.
Rui Póvoa
Professor da Disciplina de Cardiologia da UNIFESP
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