Jornal SBC 149 | Dezembro 2014 - page 3

Jornal SBC 149 · Dezembro · 2014
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Palavra do Presidente
O V Brasil Prevent realizado
emdezembroemRecife, além
da análise crítica e quebra de
paradigmas na prevenção
cardiovascular no Brasil (veja
páginas 6 e 7 desta edição),
iniciouuma sériedediscussões
sobre “compliance”, ética
e conflitos de interesse
que serão sistematicamente
fortalecidas ao longo de
2015. As conformidades,
responsabilidades e a transpa
rência ética-associativa devem
fazer parte de todas as nossas ações administrativas
e científicas.
As sociedades modernas precisam se adaptar
continuamenteàsexigênciasdaslegislaçõesvigentes
e órgãos de controle. Múltiplas ações necessárias
e de grande abrangência foram tomadas e são
ajustes necessários de todas as administrações:
transparência, direitos autorais, prestação de
contas aos convênios governamentais, relações
com a indústria e as complexas conformidades
necessárias para a configuração de uma sociedade
científica, garantindo direitos e privilégios fiscais.
Muitas ações associativas são ineficazes quando
dissociadas das gestões públicas e têm sido
analisadas profundamente em nossa Diretoria.
Nesse sentido, inserir campanhas cardiovasculares
mais amplas e menos específicas nos planos de
gestão preventiva da saúde (temática do Brasil
Prevent), elaborar projetos de qualidade assistencial
e de pesquisa integradores e capilarizadores em
vários pontos estratégicos do nosso país (Projeto de
Melhoria de Qualidade Hospitalar SUS), integrar
as nossas bases de dados nos de C&T nacionais
(CV Lattes) são ações importantes para serem
realizadas em um plano de Estado com os gestores
públicos, intensificando a luta incessante pelo
cuidado necessário para que a qualidade da prática
cardiológica seja sempre zelada em todos os níveis.
A otimização dos recursos humanos e materiais dos
nossos eventos e da nossa educação continuada
foi profundamente analisada. A necessidade de
educação continuada global bem planejada e a
atuação das Diretorias Científica, de Pesquisa e
das Coordenadorias de Educação Continuada e
CJTEC foram reestruturadas para que as estratégias
formadoras e educadoras estejam sempre sob
a responsabilidade direta do núcleo científico,
apoiadopelabasedepartamental,pelaUniversidade
Corporativa e pelos meios de difusão da SBC.
A importante e bem-sucedida inserção
internacional com as sociedades americanas
e europeias foi incorporada na gestão dentro
da Diretoria da SBC, para que os intercâmbios
sejam otimizados e explorados de forma a
atingir e beneficiar a nossa complexa estrutura
científica/administrativa e, consequentemente,
todos os nossos sócios.
Finalmente, a ciência e a sociedade são dinâmicas e
odebate científicoqualificado, aberto e equilibrado
deve ser continuamente estimulado, para que
a cidadania seja praticada e as transformações
necessárias para o desenvolvimento científico
sejam ininterruptas. Nesse sentido, transparência,
correção e ética associativa, responsabilidades
intransferíveis e inegociáveis das sociedades
científicas, privilegiarão as organizações e
seus dirigentes com credibilidade e solidez,
necessários para o desenvolvimento associativo e
o enfrentamento dos cenários complexos para a
prática da medicina cardiovascular em nosso país.
Feliz 2015!
Compliance, ética, conflitos de interesse e
responsabilidades intransferíveis
Angelo Amato
Vincenzo de Paola
Presidente da
Sociedade Brasileira
de Cardiologia
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