delas. Rapidamente me dei conta de que ali estavam muitos
nomes de crianças atingidas pelas atrocidades do nazismo.
Nesse recinto, a segurança não permite que se pare
ou faça fotos, apenas vai se caminhando e observando
aqueles nomes. Um clima devastador foi tomando conta
dos meus sentimentos, testemunhando o resultado
das barbáries cometidas pela perseguição aos judeus
durante a guerra.
Repentinamente, um rapaz andando à minha frente
parou, sentou no chão e começou a tirar fotos da parede.
Um segurança se aproximou e, ao invés de admoestá-lo,
simplesmente perguntou se ele reconheceu o nome de
algum parente. Em lágrimas, ele disse que sim. E então
o guarda se afastou, respeitando seus sentimentos.
Nunca esqueci esse momento de profunda tristeza e da
compreensão do segurança.
Nem mesmo a boa companhia, o caviar que degustei
a um preço razoável ou o digestivo Becherovka,
típico de Karlovarska que tomei nos dias passados
ali, suplantaram a riqueza cultural da cidade ou o
emocionante momento que presenciei.
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