Depoimentos


José Francisco Kerr Saraiva

Nesta gestão, fizemos um alinhamento científico com as principais sociedades de cardiologia internacionais, definindo o que é diretriz e posicionamento. Encontramos 70% das 30 principais diretrizes desatualizadas há mais de 2 anos e atualizamos 60% delas. Ou seja, dobramos a atualização das diretrizes. Apresentamos oito diretrizes que foram publicadas e mais cinco que deverão ser publicadas até o fim de 2017. Outro ponto a destacar é que conseguimos reunir os Departamentos para que as diretrizes comuns a eles pudessem ser discutidas conjuntamente, isso representou um avanço na qualidade da produção dos documentos, além de propiciar ao cardiologista documentos coerentes e concordantes entre as varias sociedades. Exemplo disso foi a Diretriz de Diabetes, elaborada em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Diabetes, para que tivéssemos um documento único e consistente. Outra frente de trabalho foi o SBC vai à escola, projeto para educar alunos, pais e mestres de escolas públicas sobre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, na infância e adolescência. Discutimos padrões alimentares, alimentos vendidos nas cantinas das escolas e incentivo a prática de esporte e consumo de alimentos saudáveis. Fizemos um projeto piloto em São Paulo, através de um Acordo de Cooperação com o governo do Estado, celebrado em agosto pelo governador Geraldo Alckmin. E este projeto nos permitiu uma experiência inédita no Congresso da SBC: pela primeira vez, professores da rede pública apresentaram, na sessão de pôsteres, uma amostra desta experiência exitosa na área de prevenção nas escolas. Pretendemos como próximos passos estender essa ação para as demais unidades da federação. O projeto SBC vai à escola representa um engrandecimento de nossa sociedade na área de prevenção da DCV, especialmente por desenvolver seu trabalho com jovens nas escolas públicas aonde se encontram a maior parte dos estudantes brasileiros.