Depoimentos


José Luiz Aziz

Nos últimos dois anos (2016/2017), a gestão da diretoria SBC teve uma árdua missão nos ajustes administrativos e financeiros da Sociedade de Cardiologia. Isso ocorreu devido ao período de crise ética, moral, política e econômica que dominaram o Brasil. Portanto, a credibilidade foi colocada à prova; as indústrias com forte retração, inclusive as farmacêuticas e de equipamentos. Com esse cenário adverso, certamente, fez com que a diretoria capitaneada pelo nosso presidente Marcus Malachias não medisse esforços para realizar grande parte do planejamento durante esses anos. Nossa sociedade é muita ampla, inclusive em sua extensão territorial, representada pelas Estaduais e Regionais, o que dificulta a presença da diretoria em suas diversas localidades. As ações tanto científicas quanto para a população são muitas. Cada Estadual tem seu congresso científico como o evento mais importante para a comunidade médica na região, de onde também gera o recurso financeiro para manter cada uma delas. Essas atividades científicas e também as relações com a população devem mudar, pois a interlocução com a sociedade, a meu ver, deve ser feito principalmente por meio das mídias sociais. Os recursos estão cada vez mais escassos e as intersecções das Estaduais e Regionais, com cursos a distância e módulos a serem difundidos por todo o Brasil com os principais temas da cardiologia. As atuações dos cardiologistas no Brasil são muito diversificadas e discrepantes, cabe a sociedade difundir e aproximar o conhecimento em cardiologia: essa é a nossa principal missão. Como Diretor de relações com as Estaduais e Regionais, nossa gestão procurou aproximar seus presidentes com a diretoria executiva e auxiliar na ativação de centros de treinamentos para cursos em emergências cardiovasculares, que era o anseio da maioria dos presidentes. Fizemos a normatização para implantação dos centros de cursos. Após várias reuniões em conjunto com a diretoria e presidentes das estaduais, e em uma atividade pré-congresso da SBC em São Paulo, oferecemos o curso TECA aos nossos presidentes. Algumas estaduais procuram parceiros, principalmente as universidades, para viabilizarem os cursos de treinamento em emergências cardiovasculares em todo o Brasil. O trabalho é contínuo e deve perpetuar nas próximas gestões da SBC.