Jornal SBC 187 | Fevereiro 2018

A perspectiva para 2018 é positiva, na opinião dos eco- nomistas. O mercado está melhorando aos poucos, e os consumidores com dívidas em atraso se movimentam trás. Ainda assim, existem 61,1 milhões de inadimplentes no Brasil, segundo a Serasa Experian. Se você é uma destas pessoas, saiba que existem novos caminhos, menos burocráticos e mais discretos: os meios digitais, utilizados cada vez mais pela população. Uma pesquisa do Instituto GEOC – que reúne 16 das princi- pais empresas de cobrança do Brasil – revelou que quase metade dos brasileiros com contas em atraso pagam os débitos pela internet . Um percentual 15% maior do que em 2016. 80,3% deles aprovaram a experiência. Entre os canais mais citados pelos 2.258 entrevistados estão os Portal de Autonegociação (48,7%) e o WhatsA- pp (48,2%). “A praticidade foi citada por 59,2% dos que aprovaram o uso destas tecnologias como a principal van- tagem destes meios de cobrança, seguida por discrição, com 24,5%”, analisa o diretor do Instituto GEOC, Jeffer- son Frauches Viana. Outra grande vantagem é a possibilidade de negociação no horário que for mais conveniente ao consumidor. “Qua- Seu Bolso A hora é boa para negociar dívidas Portais de Autonegociação e WhatsApp estão entre os meios digitais preferidos para liquidar as contas em atraso driplicou o número de pessoas que preferem negociar aos fins de semana. No trabalho, as pessoas ficam mais ex- postas, elas não querem falar de dívidas”, complementa o diretor do IGEOC. Limpar o nome Uma segunda pesquisa, divulgada também pelo Instituto GEOC, no final do ano passado, revelou que o que mais mo- tiva os brasileiros a liquidarem suas dívidas continua sendo o fato de limpar o nome, citado por 66% dos entrevistados. Cheque Especial Apesar de o Cheque Especial ser o recordista de juros no Brasil, segundo o Banco Central, com 333,8% ao ano no rotativo, apenas 4% dos entrevistados da pesquisa nacio- nal “Devedores do Brasil 2017” priorizam esta dívida com o banco. Entre as contas que são pagas primeiro estão as de consumo (água, luz e telefone fixo), citadas por 41% dos entrevistados, seguidas da prestação da casa própria/ aluguel (21%) e do cartão de crédito (20%). Os especialistas orientam quitar ou negociar primeiro as dívidas mais caras, como o cheque especial ou cartão de crédito. 19

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