Jornal SBC 209 | dezembro 2019

Nas últimas décadas, o progresso no diagnóstico e trata- mento das cardiopatias congênitas complexas (CCC) tem permitido a um crescente número de jovens cardiopatas o alcance do período reprodutivo e, consequentemente, a gravidez. No entanto, as CCC estão incluídas no grupo de alto risco materno-fetal pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o que autoriza desaconselhar a gestação, particular- mente nas pacientes que apresentam hipoxemia. O artigo “Gravidez em portadoras de Cardiopatias Congêni- tas Complexas: Um Constante Desafio” acaba de ser publi- Dia a Dia do Cardiologista cado na Revista ABC Cardiol e analisa as variáveis presumí- veis de prognóstico de um grupo de 40 mulheres – com um total de 42 gestações –, que haviam sido desaconselhadas a engravidar. Elas foram selecionadas no Registro do Instituto do Coração (Registro-InCor), que acumula 435 gestantes e portadoras de CCC nos últimos 10 anos. “As cardiopatias congênitas afetam aproximadamente 0,8% de todos os recém-nascidos vivos, e as taxas de sobrevida de 86% são destaques nos registros internacionais. Estima- -se que, atualmente, existam mais adultos com cardiopatias Resultado materno-fetal das 42 gestações. RN: recém-nascidos saudáveis; IC: insuficiência cardíaca; DPP: descolamento prematuro de placenta; plac: placentário; CCC: cardiopatia congênita complexa Gestação em portadoras de cardiopatias congênitas complexas é tema de artigo da Revista ABC Cardiol Estudo analisou as variáveis presumíveis de prognóstico de um grupo de mulheres que haviam sido desaconselhadas a engravidar 21

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