Jornal SBC 203 | junho 2019

atribuído à robusta política pública, na qual foram asso- ciados anúncios sobre os danos à saúde causados pelo tabaco, restrições ao consumo e aumento de impostos para esses produtos, entre outras medidas”, lembrou a entidade. A SBC informou, em ofício, que o tabagismo é o maior risco controlável na prevenção de doenças cardiovascu- lares, primeira causa de doença e morte em nosso país e em todo o mundo. “Quando fumantes são comparados a indivíduos que nunca fumaram, o primeiro grupo tem duas a três vezes mais risco de sofrer acidente vascu- lar encefálico, doença isquêmica do coração e doença vascular periférica, além de ser 23 e 13 vezes maior o risco de homens e mulheres, respectivamente, desen- volverem neoplasias, elevando de 12 a 13 vezes o ris- co de doença pulmonar obstrutiva crônica. Observou-se também aumento de 2,87 vezes na ocorrência de morte durante um infarto em fumantes, quando comparados a não fumantes”, ressaltou a entidade, além de citar todos os tipos de cânceres com incidência maior em fumantes. No documento, a SBC relatou que, apesar da diminuição no número de fumantes diários, o número total de fuman- tes continua a aumentar, proporcionando grande desa- fio global para a Saúde Pública e os sistemas de saúde. “Essa calamidade levou a Organização Mundial da Saúde a elaborar um tratado internacional (o primeiro envolven- do produção industrialização e comercialização de produ- tos), do qual o Brasil é um dos signatários, juntamente de outros quase 200 países, visando definir estratégias para proteger a saúde e a vida”, completou o documento. Por fim, a SBC ressaltou que a primeira estratégia reco- nhecida como eficaz tem sido a taxação dos produtos do tabaco, para reduzir o consumo, principalmente pela parte da população mais vulnerável, sem recursos suficientes para alcançar a compreensão do risco que corre. “A se- gunda tem sido o controle do contrabando e do comércio ilegal de cigarros, objeto de um Protocolo Específico de Controle, na mesma Convenção Internacional, que não pode ser ignorada por nossas lideranças políticas institu- cionais”, complementou a SBC. 6

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