Jornal SBC 208 | novembro 2019

Izabele Vian da Silveira Corrêa é especialista em Gestão e Gastronomia em Serviços de Alimentação; Mestre e Doutora em Ciências da Saúde com ênfase em Cardiologia; professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação da Fundação Universitária de Cardiologia; gestora do Serviço de Nutrição e Dietética e nutricionista assistencial da Unidade de Cardiologia Fetal do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul; pesquisadora da área de nutrição em Cardiologia Fetal na linha de pesquisa da Constrição do Ducto Arterioso Fetal por Uso Materno de Alimentos com Ação Anti-Inflamatória. Terapia nutricional em crianças com cardiopatia congênita A cardiopatia congênita (CC) na infância oferece risco significativo para o desequilíbrio energético, devido ao aumento das necessidades e da insufi- ciente ou inadequada nutrição, o que pode acarretar o desenvolvimento da desnutrição de forma rápida e grave. Nesse contexto, a terapia nutricional é essencial para proporcionar adequado ganho de peso e estatura. A falta de crescimento é comum em crianças com CC e influencia na res- posta metabólica à lesão e ao resultado após cirurgia cardíaca corretiva. No entanto, a literatura é de difícil interpretação, pois os estudos geralmen- te envolvem pequeno número de pacientes, com gama diversificada de ti- pos e gravidade de lesões cardíacas e fatores genéticos e/ou pré-natais. A idade e o tempo da cirurgia corretiva afetam o potencial de recuperação nu- tricional. Melhorias significativas no peso e no crescimento ocorrem dentro de meses após a cirurgia corretiva. Mais estudos são necessários para informar o momento ideal da cirurgia cardíaca corretiva, para maximizar os resultados nutricionais e identificar os bebês que podem se beneficiar do suporte nutri- cional pré-operatório agressivo.¹ Estudo demonstrou que a avaliação nutricional dos pacientes com CC apre- sentou crianças com baixo peso e dietas inadequadas. Pacientes com CC com baixo peso e que receberam aconselhamento e terapia nutricional apre- sentaram aumento da ingestão alimentar e melhoraram as medidas antropo- métricas no acompanhamento.² Referências 1. Nydegger A, Bines JE. Energy metabolism in infants with congenital heart disease. Nutrition. 200622(7-8):1073-4. 2. Unger R, DeKleermaeker M, Gidding SS, Christoffel KK. Calories Count. Improved Weight Gain With Dietary Intervention in Congenital Heart Disease. Am J Dis Child. 1992:146(9)1078-84. Nutrição por Izabele Vian da Silveira Corrêa 27

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