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« Previous Page Table of Contents Next Page »Jornal SBC 111 | Outubro 2011 13
Fazer
Saúde na Organização das Nações Unidas: foram dois dias em que chefes de Estado alternaram-se ininterruptamente na tribuna do fórum de maior relevância do planeta.
Já era mais que tempo de presidentes, príncipes, ministros e representantes de diversas organizações da maior relevância reunirem-se novamente para tratar da saúde.
Só em 2008, 36 milhões de pessoas morreram em consequência de doenças crônicas não transmissíveis (DNCT), e 80% dessas mortes ocorreram em países não desenvolvidos ou em desenvolvimento. As DNCT, principalmente doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas, podem ser consideradas uma epidemia global. Há certamente variações regionais na prevalência desses problemas, porém, mesmo nos países mais pobres, as DCNT em breve ultrapassarão a mortalidade hoje determinada pelas moléstias transmissíveis somadas à mortalidade materna e perinatal e a associada à desnutrição. Acrescenta-se a esse quadro, particularmente entre nós, a relevância cada vez maior que assumem a violência e os transtornos mentais.
Toma-se enfm consciência de que é preciso FAZER. O Brasil deixou no encontro a sua mensagem.
Tive o privilégio de, representando os médicos, compor a delegação brasileira e acompanhar as intervenções. Foram apresentadas, da tribuna principal e nas várias sessões paralelas, propostas e metas que compõem o Plano de ações estratégicas para o enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil.
Para saber mais, acesse: http://portal.saude.gov.br/ portal/arquivos/pdf/ratifcacao_declaracao_2011.pdf
Temos muito o que FAZER.
O plano de ações estratégicas é previsto para
desenvolver-se em 10 anos. Nesse período, a sociedade tem que se mobilizar em torno da consecução de seus objetivos. Osmédicos brasileiros têmpapel fundamental a cumprir, alinham-se nesta batalha e não pouparão esforços nesse sentido.
Os quatro principais fatores de risco para DCNT, alimentação inadequada (excesso de sal e açúcar); sedentarismo; tabagismo e ingestão exagerada de álcool, têm de ser energicamente combatidos.
Nessa luta, a Associação Médica Brasileira vem desenvolvendo ações em várias frentes, por meio da Comissão de Combate ao Tabagismo, coordenada por Pedro Mirra; Comissão de Combate ao Alcoolismo e Drogas, sob coordenação de Ronaldo Laranjeiras; e a Comissão de Obesidade, a cargo de Rogério Toledo.
Fomos dos primeiros, Associação Medica Brasileira e Associação Paulista de Medicina, a nos alistar no bem-sucedido programa de promoção da atividade física, “Agita”, que começou com Vitor e Sandra Matsudo, em São Caetano do Sul (SP). Foi acolhido por José Guedes, secretário estadual de Saúde de São Paulo, difundiu-se para o Estado como “Agita São Paulo” e para o restante do país como“Agita Brasil”. Tornou-se Move for Health no mundo e foi declarado por Margareth Chan, secretária da Organização Mundial de Saúde, como programa prioritário em 2002.
AAMB já temematividade aComissãodeEnfrentamento das DCNT, que congrega: Sociedade Brasileira de Cardiologia, Academia Brasileira de Neurologia, Sociedade Brasileira Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Cancerologia e Sociedade Brasileira de Pneumologia. Essas especialidades já apresentaram o plano de atividades a serem desenvolvidas.
Mauro Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Medina de Tráfego, foi convidado para assumir a Comissão de Acidentes de Trânsito, que tem entre as
INFORMES AMB
Esta é uma parceria AMB - SBC
prioridades contribuir para a redução de acidentes associados a motocicletas.
Em consonância com a posição expressa por Wonchat Subhachaturas, presidente da Associação Médica Mundial (WMA), em nome da Aliança Mundial de Profssionais de Saúde (WHPA), que reúne ao lado da WMA o Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), Federação Mundial dos Dentistas (FDI), Federação Internacional dos Farmacêuticos (FIP) e Confederação Mundial dos Fisioterapeutas (WCPT), a AMB reconhece o papel estratégico das DCNT, sem deixar de considerar a integralidade da atenção à saúde no contexto da realidade das diferentes populações.
Ao entender, sobretudo, que a gravidade dos problemas de saúde tem expressão condicionada a fatores sociais, a AMB não poderia deixar de priorizar a participação dos médicos brasileiros no Congresso Mundial de Determinantes Sociais de Saúde, que será realizado pela OMS e organizado pelo governo brasileiro, no Rio de Janeiro (RJ), entre 19 e 21 de outubro.
Teremos mais uma extraordinária oportunidade de enfrentar o imenso desafo que é vencer as profundas desigualdades que afastam tantos milhões de pessoas da perspectiva de viver com saúde.
É preciso FAZER. Tem-se muito a ser feito e o faremos.
Todos. Juntos.
José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da Associação Médica Brasileira
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